O novo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, divulgou em seu canal do Youtube um vídeo dizendo que muito do que é chamado de discriminação no mercado de trabalho, na verdade, ele define como "comportamento racional" dos empresários porque mulher engravida e "falta mais para ir ao médico" do que trabalhadores homens.
"Não necessariamente é discriminação, é simplesmente o comportamento racional do empresário. Se o casal tiver um filho, provavelmente é a mulher que vai cuidar do filho. Aí você vai dizer para mim: 'Adolfo, mas o homem fica bêbado mais que a mulher? Fica. Então, menos para o homem neste ponto. Mas também quem vai mais ao médico é a mulher, então, ela vai faltar mais para ir ao médico. O empresário está fazendo essas contas", diz Sachsida em um dos vídeos que circulam na internet.
Em outro trecho, ele defende que a licença maternidade de seis meses é um “crime contra a mulher”. “Cara, você consegue imaginar uma empresa ficar seis meses sem o seu gerente? Não tem jeito. Quando eu fui contra essa ideia de dar licença maternidade de seis meses, o pessoal me xingou. Não é nada disso, é que eu me preocupo com as mulheres”.
"É simplesmente o comportamento racional do empresário [...] o custo de oportunidade da mulher é mais alto, porque ela é mais eficiente fora do mercado. Se o casal tiver um filho provavelmente é a mulher que vai cuidar do filho. Aí você vai dizer para mim: 'Adolfo, mas o homem fica bêbado mais que a mulher? Fica. Então menos para o homem neste ponto. Mas também quem vai mais ao médico é a mulher, então, ela vai faltar mais para ir ao médico. O empresário está fazendo essas contas", diz.
No vídeo, intitulado como “Aprenda Economia com o Sachsida: Aula 7”, o novo ministro aponta também que um dos motivos para a desigualdade salarial entre os gêneros é que os homens topam jornadas de trabalho mais extensas do que as mulheres.
“Você conversa com seus amigos e suas amigas e pergunta: ‘Quem de vocês topa trabalhar 12 horas por dia durante 15 anos para daqui 15 anos ser o chefe ganhando mais?’ Você vai ver que uma proporção maior de homens topa isso. Talvez seja fator cultural, social, não sei”, diz.
Sachsida diz ainda que é contra as cotas raciais e que alemães, italianos e japoneses foram mais "maltratados" no Brasil nos últimos anos do que os negros.
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