Líder nas pesquisas de intenção de voto na corrida ao Planalto, Lula tem cobrado sensibilidade social do empresariadoRicardo Stuckert
Cobrado por agenda econômica em eventual governo, Lula critica banqueiros
De acordo com pré-candidato do PT, 'banqueiros perguntam sobre teto de gastos, mas nunca se o povo passa fome'
São Paulo - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar banqueiros pela cobrança sobre qual será o plano para a economia em um eventual novo governo petista. Pré-candidato à Presidência, Lula respondeu aos questionamentos pela falta de agendas de campanha com agentes do mercado e disse que vai fazer "muitas reuniões com banqueiro e empresário". Mas reclamou do que considera falta de sensibilidade social do empresariado.
"Banqueiro quer fazer reunião. Eu vou fazer muitas reuniões com banqueiro e empresário, mas eles nunca me perguntam como está o povo na rua, se está passando fome, como estão as pessoas abandonadas", disse o petista durante lançamento do livro "Querido Lula: cartas a um presidente na prisão", realizado na noite desta terça-feira, 31, em São Paulo.
"E o teto de gastos, vai manter ou não vai manter? E a responsabilidade fiscal e a dívida pública, como vai fazer para diminuir? Eles só pensam no dinheiro pra reverter pra eles, não pensam nos recursos do povo", emendou Lula. Mais cedo nesta terça-feira, o ex-presidente havia dito que conversaria com o mercado na "hora que tiver interesse".
No evento da noite, o ex-presidente afirmou que o PSDB "acabou". "Um senador do PFL disse uma vez que era preciso acabar com a 'desgraça do PT', o Jorge Bornhuasen. O PFL acabou. Agora, quem acabou foi o PSDB. O PT continua forte, continua crescendo e conseguiu construir a maior frente de esquerda já feita nesse País", finalizou Lula.
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