Alexandre de Moraes assume a presidência do TSE em agosto com a promessa de rigidez no combate às 'milícias digitais'Fellipe Sampaio/STF

Brasília - Perto de assumir a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes foi reconduzido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira, 1º, para ocupar por mais dois anos o cargo de ministro da Corte que organizará as eleições de 2022.
Com a recondução oficializada, Moraes poderá completar o período de quatro anos como colaborador na Justiça Eleitoral, período máximo de mandato dos integrantes do TSE. Considerado pelos bolsonaristas o 'inimigo número 1' do presidente Jair Bolsonaro (PL), o ministro tem sofrido uma série de ataques do chefe do Executivo e de sua base de apoioadores.

Atualmente, Alexandre de Moraes é vice-presidente do TSE, que é presidido pelo ministro Edson Fachin. Em agosto, ele assume o comando da Corte Eleitoral e comandará a organização as eleições de outubro. Ativo no combate à desinformação e divulgação de fake news, o ministro defende punições severas para os parlamentares que compartilharem informações falsas, como a cassação do registro do candidato.

Após a votação simbólica no plenário do STF, o ministro disse que vai trabalhar para garantir a paz e a segurança durante as eleições. "Que nós possamos continuar preparando as eleições do segundo semestre, como sempre fez a Justiça Eleitoral, eleições tranquilas, limpas e transparentes", declarou.

O TSE é composto por sete ministros, sendo que três do STF, dois do Superior Tribunal de Justiça (STJ), e dois advogados com notório saber jurídico, além de seus substitutos.