Brasília - A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga ameaças sofridas por parentes da família Vidal, mortos na chacina de Ceilândia, no Distrito Federal, no ano passado. O criminoso responsável pelos assassinatos, Lázaro Barbosa, de 32 anos, foi morto em uma ação da polícia. Na época, ele era procurado por matar Cláudio Vidal de Oliveira, 48, Gustavo Marques Vidal, 21, Carlos Eduardo Marques Vidal, 15, e Cleonice Marques de Andrade, 43. O crime completa um ano nesta quarta-feira.
Segundo informações do 'Metrópoles', uma ameaça de morte foi encaminhada por celular a um parente mais próximo de onde aconteceu a chacina. "Já foi feita a ocorrência e está sob investigação", confirmou Alexandre, sobrinho de Cláudio. "Teve essa ameaça sim, por mensagem de texto. Colhemos uma foto do suposto ameaçador e as informações foram repassadas para a delegacia", diz o familiar.
As mensagens teriam sido para um familiar que assumiu a gestão do local, um viveiro no Incra 9. "Essa pessoa seria a próxima às vítimas e esse ameaçador seria o 'Novo Lázaro'", diz Alexandre.
Parentes das vítimas estiveram em uma audiência na Promotoria de Justiça de Ceilândia, nesta terça-feira. Ainda não há informações se Lázaro contou com alguma ajuda ou a motivação do crime. "A reunião com o Ministério Publico é para cobrar o andamento. Quinta-feira faz 1 ano do assassinato e a família quer uma resposta, vamos continuar procurando incessantemente", disse um dos familiares à reportagem.
Relembre o caso
Em 9 de junho, Lázaro teria invadido uma chácara em Ceilândia, no Distrito Federal e assassinado uma família de quatro pessoas. O casal e seus dois filhos foram mortos a tiros e a facadas e a propriedade foi roubada pelo assassino. Logo após a chacina, Lázaro teria fugido para a região de Cocalzinho de Goiás.
No dia 12 de junho, o criminoso teria invadido fazendas nos entornos do município e chegou a atirar em quatro pessoas, além de atear fogo em uma propriedade enquanto fugia da polícia. Os feridos foram levados ao hospital. No dia seguinte, o fugitivo também teria roubado um carro e abandonado o mesmo em uma rodovia próxima a Edilândia após avistar uma viatura da polícia.
Lázaro também teria trocado tiros com um caseiro de Cocalzinho de Goiás no dia 14 de junho. O homem informou à polícia que atirou em Lázaro após o foragido ameaçar entrar no local. Após ser atingido, ele teria atirado de volta e fugido do local.
No dia seguinte, um casal e sua filha de 16 anos foram resgatados pela polícia após serem feitos de reféns por Lázaro. A adolescente conseguiu informar à polícia sobre o sequestro. Houve trocas de tiro durante o resgate e um policial foi baleado.
No dia 17 de junho, a polícia trocou tiros com o fugitivo durante as buscas e o secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda, informou que um pano ensanguentado foi encontrado e que Lázaro poderia estar ferido. No dia seguinte, o secretário também afirmou ter visto o serial killer durante a operação policial.
Em 19 de junho, um morador afirmou ter visto Lázaro em uma gruta na região de Águas Lindas, em Cocalzinho de Goiás. Policiais montaram um cerco no local para tentar capturar o fugitivo.
A polícia chegou a receber rádios comunicadores do Exército Brasileiro com alcance de 30 km para ajudar nas buscas ao assassino. O governo também disponibilizou um aplicativo de celular para que as pessoas dos arredores de Cocalzinho de Goiás pudessem fazer denúncias ou pedir ajuda à polícia.
No dia 28, após um cerco da Polícia, Lázaro foi encontrado. Ele foi morto com pelos menos 38 tiros em um confronto com a polícia, na manhã de 28 de junho, em Águas Lindas de Goiás.
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