Moro volta para seu estado e diz que paranaenses decidirão seu próximo passo na políticaIsac Nóbrega/PR
Moro volta para seu estado e diz que paranaenses decidirão seu próximo passo na política
Ex-ministro da Justiça teve mudança de domicílio eleitoral barrada pelo TRE-SP
O ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) anunciou, nesta terça-feira (14), que seu futuro político agora será no seu estado, o Paraná, e será decidido "mais adiante". Após ter seu domicílio eleitoral barrado pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), Moro voltou ao Paraná e disse que irá circular pelo estado e deixará para que o povo paranaense decida seu próximo passo. Câmara, Senado e governo estão no radar do ex-juiz.
Moro também sugeriu que a mulher dele, Rosângela Wolff Moro, também pode seguir na carreira política. A esposa conseguiu mudar o domicílio eleitoral para São Paulo. "É uma decisão de depender somente dela", disse.
A presença de Moro no Paraná cria um impasse. Se ele for candidato a senador, enfrentará Alvaro Dias, (Podemos-PR), seu padrinho político. Se concorrer à Câmara, disputará o eleitorado com Deltan Dallagnol (Podemos-PR), seu pupilo da Lava-Jato. Se tentar o governo, terá de derrotar Ratinho Junior (PSD), favorito à reeleição.
Moro, que ganhou notoriedade como juiz na Operação Lava-Jato, colecionou, desde então, uma série de aventuras na vida política. Foi ministro da Justiça e Segurança Pública no governo de Jair Bolsonaro (PL), de janeiro de 2019 a abril de 2020, quando pediu demissão do cargo após exoneração do diretor-geral da Polícia Federal pelo chefe do Executivo.
Foi pré-candidato à presidência da República pelo Podemos, seu antigo partido. Moro desembarcou da candidatura para se filiar ao União Brasil, mas a cúpula do partido anunciou que ele teria um projeto dedicado ao estado de São Paulo.
No entanto, Moro teve a candidatura barrada pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) após o órgão negar sua transferência de domicílio eleitoral para o estado. Nesta terça-feira, o ex-juiz repetiu que "discorda da decisão, mas respeita a instituição".
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