Bombeiros atuam no controle das chamas em prédio de dez andares no Centro de São PauloReprodução / TV Globo
Bombeiros tentam apagar chamas de prédio pelo 4º dia consecutivo
Fogo começou no domingo e já atingiu quatro imóveis
Militares do Corpo de Bombeiros entraram no quarto dia de trabalho para tentar controlar o fogo que atinge um prédio de dez andares desde a noite de domingo, 10, no Centro de São Paulo. O imóvel pode desabar a qualquer momento e isso dificulta o trabalho das equipes que já ouviram estalos na construção. Além dele, outros quatro edifícios foram destruídos pelas chamas: um de seis andares, uma loja de materiais para festas e a primeira Igreja Ortodoxa Antioquina do Brasil.
Todos os imóveis ficam na região da 25 de Março. Os bombeiros atuam do lado de fora do prédio e usam mangueiras para tentar apagar o fogo. O local serve como depósito para as lojas da região comercial e não tinha o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), obrigatório para estabelecimento utilizados para este objetivo.
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, afirmou que entrará com pedido na Justiça para que o prédio seja demolido. À Globo, o engenheiro da Subprefeitura da Sé Álvaro Godoy Filho disse que a situação é complicada já que o edifício pode cair a qualquer momento e causar grandes estragos para a região.
"O risco é iminente, pode acontecer a qualquer momento. No resfriamento, tende a colapsar mais rápido, porque ele tenta voltar à condição anterior, e ele não consegue", afirmou ele que descartou a possibilidade dos bombeiros retornarem para o interior do prédio. "Existem três tipos de estrutura distintas. Uma dessas partes tende a colapsar para o fundo, onde é um estacionamento. Outra tende a colapsar para frente da rua, ou pegar o prédio ao lado", explicou.
Por conta do risco de desabamento, a prefeitura aumentou o bloqueio na área do Centro da cidade e nove imóveis foram interditados. Além do prédio que segue em chamas, outros oito imóveis podem ser atingidos pela possível queda.
Localizado na Rua Comendador Abdo Schahin a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) também bloqueou o trânsito de todo o entorno.
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