Justiça decreta prisão temporária de PM suspeito de matar campeão mundial de jiu-jitsu Leandro LoReprodução/Instagram

O Tribunal de Justiça de São Paulo decretou neste domingo (8) a prisão do policial militar Henrique Otavio Oliveira Velozo. Henrique é suspeito de atirar no campeão mundial de jiu-jitsu Leandro Lo neste sábado (6) durante um show no Clube Sírio, em São Paulo. O atleta teve a morte cerebral confirmada.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) do estado informou que conta com a ajuda da Polícia Militar para encontrar o policial, que segue foragido. A instituição também afirmou que a Polícia Militar lamenta o ocorrido e que um inquérito foi aberto para apurar o ocorrido. O caso é investigado pela 16ª Delegacia de Polícia, da Vila Clementino.
Leandro Lo foi baleado na cabeça neste sábado após uma discussão com Henrique. De acordo com o boletim de ocorrência, obtido por O DIA, testemunhas disseram que o agressor, após discussão, dirigiu-se à mesa onde estava Leandro Lo e pegou uma garrafa na mesa. O lutador "se levantou, tirou a garrafa da mesa" e "... em golpe de luta o derrubou e o imobilizou. Amigos da vítima separaram ambos". Mas então o homem sacou a arma e atirou na testa de Leandro Lo, que teve a cabeça chutada duas vezes.
Lo chegou a receber os primeiros-socorros no local e foi encaminhado ao Hospital Municipal Doutor Arthur Ribeiro de Saboya, mas não resistiu.
Henrique Velozo
Henrique Otavio Oliveira Velozo é tenente da Polícia Militar e já havia se envolvido em outra confusão em 2017. Na ocasião, ele foi acusado por outros policiais de desacato e agressão em uma casa noturna também em São Paulo.
De acordo com a denúncia, o tenente se envolveu em uma confusão dentro do estabelecimento e a polícia foi chamada para controlar a situação. Quando a equipe militar chegou ao local, Henrique deu socos no braço de um soldado que tentava se afastar dele. Henrique ainda teria tentado acertar um soco no rosto do soldado.
O policial também teria agredido verbalmente outro tenente que estava no local, chamando o colega de farda de “covarde” e falando vários palavrões. O Ministério Público chegou a pedir a condenação de Henrique por violência contra inferior e desacato. No entanto, o agente foi absolvido. O processo aguarda análise do Tribunal de Justiça Militar de São Paulo após recurso.