A presença do bebê levou o ministro Mauro Campbell, presidente do colegiado, a antecipar o julgamento que o advogado aguardava REPRODUÇÃO

Brasília - "Muitas mães e pais precisam levar seus filhos para o trabalho, sob pena de não ter como trabalhar". A frase é do advogado Felipe Cavallazzi, pai do Lorenzo, de um ano e dez meses, que o acompanhou na última quinta-feira, 18, na sessão de julgamentos da Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Percebendo a presença da criança, o presidente do colegiado, ministro Mauro Campbell, solicitou aos demais colegas que o julgamento do caso acompanhado por Felipe fosse antecipado. Os demais colegas concordaram imediatamente com a sugestão.
"Senhora ministra, senhores ministros, eu vou rogar vênias a Vossa Excelências e invocar o Estatuto da Criança e do Adolescente e também a Constituição Federal, porque esta Turma está sendo honrada pela presença do Lorenzo, que já está aqui desde o início da sessão, muito bem comportado, já se agasalhou por causa do frio", disse o ministro. Campbell ainda elogiou o bebê: "Se comportou brilhantemente".

O advogado publicou um relato nas redes sociais sobre o episódio. Cavallazzi é divorciado e disse que era o seu dia de cuidar do filho. "Como meu tempo com ele é escasso, não desperdiçou a oportunidade de estarmos juntos", explicou. Ele também agradeceu ao ministro Mauro Campbell pela preferência no julgamento: "Mais uma vez, o STJ se prova como o tribunal da cidadania".