Segundo a polícia, corpo de vítima foi tirado com ajuda de carrinho de prédio em SPTV Globo

O ex-lutador Luis Paulo Lima dos Santos, de 44 anos, acusado de assassinar a esposa, jogar o corpo dela em um córrego na Zona Leste de São Paulo, cometeu o crime na frente do filho de seis meses e, em seguida, foi até Campinas, no interior do estado, para almoçar com a família da vítima no sábado, 5. Ellida Tuane Ferreira da Silva Santos era professora, tinha 26 anos, e foi morta com dois tiros dentro do apartamento onde morava com o marido e a criança.
Em entrevista ao "G1", o irmão da vítima, Valdir Lima contou que o cunhado conversou com a família da Ellida dizendo que ela havia ido para o interior, sem o bebê, para "fazer uma surpresa" e que o celular dela estaria apenas com 5% de bateria. 
"Falou que ela tinha pegado um ônibus e ido para Campinas. A gente começou a desconfiar porque ela não deixaria o bebê ainda amamentando em casa. (Ele) premeditou o crime e chegou na casa da minha madrasta se passando de preocupado do sumiço dela. Tinha feito tudo já", disse.
Valdir conta que não conseguiu dormir na madrugada do domingo, 6, para a segunda-feira, 7, e comentou com a esposa que a irmã já poderia estar morta. "Liguei para ele (Luis) quando acharam o corpo e foi totalmente frio. Falou: 'Valdir, tudo bem?' Eu: 'Não está nada bem'. Ainda disse, tranquilo: 'Cara, é ela mesmo'. Nem ao IML ele apareceu. Quando eu juntei as peças, eu falei para minha família toda: 'Foi ele que matou'.
Ainda de acordo com o Valdir, nos últimos meses, a vítima havia mudado o comportamento. A jovem alegre estava fria e não conversava mais como antes. "Estava fria. Ela não era daquele jeito. Fazia videochamada direto, e a gente brincava antes. Ultimamente estava sumida, não era mais a mesma", lamentou. O bebê do casal está com a família de Luis, mas que os irmãos de Ellida irão tentar obter a guarda na Justiça, afirma Valdir.
Luis foi preso pela Polícia Civil na quarta-feira, 9, após confessar que matou a mulher. O crime ocorreu na sexta-feira, 4. De acordo com as investigações, ele foi flagrado, por câmeras de segurança, saindo do apartamento com o corpo da vítima em um carrinho de compras. O crime pode ter sido motivado por ciúmes.
As imagens na entrada do elevador mostram o último momento de vida da professora, na sexta-feira. No sábado, as câmeras gravaram o marido da vítima no saguão, com um carrinho com lençóis. As investigações apontam que ali estava o corpo da mulher, dentro de um saco. Na sequência, ele coloca o cadáver no carro e sai do prédio. 
O ex-lutador ainda tentou esconder a autoria do crime. Ele fez o registro do desaparecimento quase no mesmo momento que a polícia encontrou o corpo da professora. No boletim de ocorrência, ele afirmou que a mulher havia viajado.