Fala de Bolsonaro a aliados foi ambíguaEVARISTO SA / AFP
"O governo Bolsonaro quebrou o Estado brasileiro, comprometendo serviços essenciais e investimentos públicos fundamentais. Ao longo de quatro anos, Bolsonaro utilizou recursos extra-teto cinco vezes, em um montante de cerca de 800 bilhões de reais. Para o andar de cima, o Estado não está quebrado. Para os que mais precisam, há um verdadeiro apagão fiscal", afirmou o grupo.
Problemas de investimentos na saúde, meio ambiente e programas sociais também foram tópicos da nota divulgada.
A equipe de transição afirma, ao final do texto, que quem irá "resolver a questão fiscal do país" será o governo eleito através da PEC de Transição, que prevê R$ 145 bilhões para o pagamento completo do Bolsa Família de 600 reais, com o adicional de R$ 150 por criança menor de 6 anos.
Durante o texto divulgado nesta segunda, o grupo acusa Guedes de criar uma falsa narrativa com os dados do governo.
Em resposta, a pasta divulgou uma nota em acusando o ex-ministro de divulgar opiniões "infundadas", e afirmou que o governo de Jair Bolsonaro será o primeiro a encerrar o mandato com o endividamento em queda.
"Governos anteriores ampliaram a relação dívida/PIB em quase 20 pontos do PIB sem enfrentar pandemias ou guerras como a vista no Leste europeu, sem que esses recursos se traduzissem em efetiva melhora na qualidade de vida da população", afirmou o ministério.
Mesmo com atritos, Guedes e o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuníram nesta quinta-feira (8) pela primeira vez para discutir a transição econômica .
Nesta terça-feira (13), os dois devem se encontrar novamente para discutir o trabalho em curso nas secretarias do ministério da Economia, como Tesouro e Receita Federal.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.