De acordo com publicação nas redes sociais, até as 12h20 desta segunda-feira (9), esse era o número contabilizado de aparelhos recolhidos pelos policiais no local onde ocorreram os episódios de depredação.
Na tarde deste domingo, bolsonaristas invadiram e vandalizaram os prédios do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF). Os edifícios públicos da capital ficaram completamente depredados. Na ocasião, instalações foram quebradas, câmeras de segurança arrancadas e destruídas e a fiação foi exposta.
Os invasores destruíram, inclusive, parte importante do acervo artístico e arquitetônico ali reunido e que "representa um capítulo importante da história nacional", conforme nota emitida nesta segunda-feira pelo Palácio do Planalto.
Nesta manhã, os chefes dos poderes divulgaram uma nota conjunta "rejeitando" os "atos terroristas, de vandalismo, criminosos e golpistas". O comunicado é assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT); pelo presidente do Senado em exercício, Veneziano Vital do Rêgo; pelo presidente da Câmara, Arthur Lira; e pela presidente do Supremo, Rosa Weber.
O texto foi divulgado nas redes após reunião de Lula, por volta das 9h, com Weber para discutir as medidas a serem tomadas após os episódios de violência. Do encontro, também participaram os ministros do STF Luiz Roberto Barroso e Dias Toffoli; o vice-presidente, Geraldo Alckmin; os ministros da Justiça, Flávio Dino; Fazenda, Fernando Haddad; Casa Civil, Rui Costa; e Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
A reunião foi realizada em um dos poucos ambientes do Palácio que não foram depredados durante os atos de domingo. O local tinha uma espécie de proteção especial, por isso não pôde ser invadido pelos bolsonaristas.
Intervenção federal
Nesta segunda, o Congresso Nacional se prepara para votar a intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal decretada pelo presidente Lula ainda ontem.
Na ocasião, Lula criticou os atos realizados na capital federal e chamou os extremistas de “fascistas”. Ele ressaltou que os financiadores e os suspeitos de integrarem os grupos serão presos.
A intervenção federal significa que a Segurança Pública do Distrito Federal será de responsabilidade da União. O presidente nomeou o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli.
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