Oficialmente, o BC não se pronunciou sobre o episódioReprodução

Brasília - As entidades que representam os servidores do Banco Central repudiaram a invasão e depredação da sede dos Três Poderes por grupos radicais que apoiam o ex-presidente Jair Bolsonaro, neste domingo, 8, em Brasília. Oficialmente, o BC não se pronunciou sobre o episódio.
O Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) afirmou que os atos praticados pelos grupos radicais são incompatíveis com a concepção do Estado Democrático de Direito e disse que as atitudes demandam investigação célere e punições exemplares a todos que, de alguma forma, contribuíram para os acontecimentos.
"A depredação do patrimônio público, na tentativa de espalhar o terror e desestabilizar instituições, representa o mais grave ataque à democracia das últimas décadas", disse a nota assinada pelo presidente do Sinal, Fábio Faiad.
A Associação Nacional dos Analistas do Banco Central (ANBCB) também condenou "veementemente" os atos de vandalismo praticados por "criminosos" e declarou apoio à apuração dos responsáveis pelo episódio, desde políticos, empresários e demais autoridades que se mostraram omissas diante do "quadro de depredação".
A ANBCB ainda destacou a competência e dever do Banco Central, como signatário do Grupo de Ação Financeira (GAFI), para agir em situações como os atos organizados para impor a desordem pública em Brasília.
Nesse contexto, a associação disse que o BC deve adotar os instrumentos legais necessários para combater o uso criminoso do sistema financeiro para fins de financiamento de "atos golpistas, antidemocráticos e que querem impor a barbárie" no País. "Hoje e sempre, tais atos não podem ser relativizados, pois representam violência a toda sociedade brasileira", disse a ANBCB, em nota.