Flávio Bolsonaro tenta desvincular a imagem do pai dos atos golpistas de 8 de janeiroJefferson Rudy/Agência Senado
O senador descartou a possibilidade aventada por governistas de que a permanência prolongada de Bolsonaro nos Estados Unidos esteja relacionada ao temor de um cerco judicial que possa levá-lo à prisão por atos durante o governo e a suposta ligação com a invasão golpista ao Palácio do Planalto, Congresso e Supremo Tribunal Federal (STF), no último dia 8.
"Não tem temor nenhum porque ele não tem absolutamente nenhuma responsabilidade com o que aconteceu no Brasil. Se ele estivesse sentado na cadeira de presidente, você poderia ter falado: 'O presidente facilitou alguma coisa. Mas o presidente já não era Bolsonaro", afirmou.
O senador disse, ainda, que os advogados do PL estão analisando os processos contra Bolsonaro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e que, segundo os técnicos do partido, "não há nada juridicamente que o implique". Flávio afirmou que o ex-presidente está "tranquilo" porque, "ainda que forçassem muito a barra, não há como vincular Bolsonaro a nenhum ato criminoso".
Caciques do PL, legenda que atualmente abriga Bolsonaro, acreditam ser "inevitável" não associar o ex-presidente aos atos que deixaram rastros de destruição na capital do País. Contudo, nos bastidores das Cortes Superiores, o caso é tratado com "cautela", justamente pelo clima acirrado que ministros ainda veem tomar conta das rua.
Flávio Bolsonaro também afirmou "não ter certeza" se o pai vai necessitar de uma nova cirurgia no intestino quando voltar ao Brasil, mas não descartou a possibilidade. O ex-presidente já passou por quatro procedimentos cirúrgicos desde que foi vítima de uma facada no abdômen em setembro de 2018, durante a campanha eleitoral daquele ano.
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