Tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de Jair Bolsonaro durante a presidência de 2018 a 2022Bruno Spada/Agência Câmara

A Polícia Federal encontrou gravações indicando que Mauro Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, negociou e vendeu jóias não apenas no Brasil, mas também nos Estados Unidos. A polícia vai requisitar o envio da documentação comprobatória das negociações e venda das jóias que estavam em poder de Mauro Cid às autoridades americanas.

A revelação se deu quando os investigadores tiveram acesso ao armazenamento em nuvem a partir do celular do militar. As joias, segundo o blog de Valdo Cruz, foram negociadas no período em que Mauro Cid esteve na Flórida em companhia do ex-presidente Jair Bolsonaro no início de 2023, numa viagem que eles fizeram dois dias antes da posse do atual presidente Lula.
Anteriormente, a CPI dos Atos Golpistas já teve acesso a e-mails que indicaram a ação de Mauro Cid para vender um relógio Rolex avaliado em R$ 300 mil que Bolsonaro do governo da Arábia Saudita em 2019, durante uma viagem oficial ao país.

No momento, Mauro Cid está preso nas dependências do Exército por ter falsificado certificados de vacina de Bolsonaro e seus familiares. Em seu depoimento à comissão, o ex-ajudante de ordens se manteve em silêncio, e a CPI considera fazer uma nova convocação.