General Mauro Lourena Cid, pai do tenente-coronel Mauro CidDivulgação/Alesp
Apex investiga conduta de pai de Mauro Cid em Miami
Oitivas serão realizadas na próxima semana na sede da agência, em Brasília
A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) vai ouvir três funcionários do escritório de Miami, nos Estados Unidos, para que prestem esclarecimentos sobre possíveis desvios de conduta praticados pelo general da reserva Mauro Lourena Cid, chefe do local durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
As oitivas serão realizadas na próxima semana na sede da agência, em Brasília, por uma comissão interna instaurada para apurar as suspeitas sobre Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid, o ex-ajudante de ordens da Presidência.
Procurada pelo Estadão, a defesa do general disse que não tinha nada a declarar sobre o caso.
Estrutura
O site UOL publicou na terça-feira, 2, que o então chefe do escritório em Miami teria usado a estrutura da agência para apoiar articulações golpistas e fomentar participação em acampamento no Quartel-General do Exército contra a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no fim de 2022.
A ApexBrasil confirmou ao Estadão o nome dos três funcionários: Michael Rinelli e Paola Bueno, que ocupam cargos de analistas, e Fernando Spohr, atual chefe do escritório em Miami.
Eles serão os primeiros ouvidos pela comissão de apuração, que ainda deve ouvir mais funcionários sobre a suposta atuação golpista de Mauro Lourena Cid.
Equipamentos
Ainda não há definição sobre o que será feito com o resultado da investigação interna, podendo provocar o afastamento dos funcionários a depender da gravidade do que for apurado.
Segundo a reportagem do UOL, Mauro Lourena Cid teria voltado a Miami para apagar informações de equipamentos eletrônicos da Apex mesmo depois de deixar o cargo. Após a publicação da notícia, a agência divulgou uma nota oficial, informando que Jorge Viana, atual diretor, tomou conhecimento de possíveis desvios de conduta na gestão do general Mauro Lourena Cid em março e que, em reunião com a diretoria executiva, "decidiu determinar rigorosa apuração interna sobre as informações".
"A ApexBrasil aguarda o resultado desse procedimento para tomar as providências que se fizerem necessárias. Da mesma forma, espera também as conclusões das investigações em curso conduzidas pela Polícia Federal", diz a nota divulgada pela agência.
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