Tragédia aconteceu no Centro de Porto AlegreReprodução/X

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lamentou o incêndio que causou dez mortes em uma pousada em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, na madrugada desta sexta-feira (26). O mandatário expressou solidariedade às famílias e aos amigos das vítimas.
"Com tristeza e preocupação soube da morte de ao menos 10 pessoas em incêndio em uma pousada de Porto Alegre. O estabelecimento acolhia pessoas em situação de vulnerabilidade na capital gaúcha. Minha solidariedade às famílias e aos amigos que perderam seus entes", publicou.
O deputado federal pelo PT-RS e ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, foi mais um que se disse entristecido com o episódio. Assim como Lula, ele citou que a pousada acolhia pessoas em situação de vulnerabilidade.
"Triste maneira de começar o dia, com a notícia do segundo maior incêndio da história de Porto Alegre, que levou à perda de pelo menos 10 vidas em uma pousada que acolhia pessoas em situação de vulnerabilidade social. Lamento profundamente o ocorrido e presto minha solidariedade às famílias e aos amigos das vítimas", escreveu.
Acusações de negligência
A deputada federal Daiane Santos, do PCdoB-RS, que já foi vereadora na capital gaúcha, apontou para uma "negligência" dos órgãos públicos como principal responsável para o incêndio.
"A população em situação de rua em Porto Alegre segue sofrendo com a falta de atenção do poder executivo do município. As pousadas utilizadas para acolhimento social apresentam péssimas condições de higiene e segurança", postou. "Por falta de aviso não foi! Nós acompanhamos, fiscalizamos e nada foi feito! Ou seja, essas mortes estão na conta de muitos órgãos públicos", disse na sequência.
A vereadora Erika Hilton, do PSOL-SP, também questionou a falta de fiscalização e as condições em que os 16 hóspedes da pousada se encontravam. Ela aponta que não havia alvará de funcionamento e que a situação é 'revoltante'.
"É revoltante uma pousada sem alvará de incêndio não apenas funcionar normalmente, mas também ser mantida com dinheiro da Prefeitura. No local, haviam 16 hóspedes que estavam acolhidos por um convênio com a Prefeitura de Porto Alegre. Pessoas em vulnerabilidade social ou em situação de rua sendo vítimas de uma tragédia por conta do descaso do Poder Público, que deveria estar acolhendo-os dignamente", apontou.
A tragédia
O Corpo de Bombeiros anunciou às 2h07 que combatia o incêndio. Quando o fogo foi percebido, algumas pessoas chegaram a pular do segundo e terceiro andar, em direção à calçada para fugir das chamas. Seis pessoas foram hospitalizadas. Não há informações sobre o seu estado de saúde dos sobreviventes.