O Rio Grande do Sul ainda contabiliza os estragos causados pelas fortes chuvas que atingem o estado nesta semana. Segundo o novo balanço divulgado pela Defesa Civil neste sábado (4), as fortes chuvas que atingem as cidades gaúchas já deixaram 57 mortos, 74 feridos e ao menos 67 pessoas desaparecidas. O desastre ambiental também deixou cerca de 350 mil clientes sem luz, mais de 860 mil sem água e dezenas de rodovias bloqueadas.
A Rio Grande Energia (RGE), concessionária de energia elétrica que atende parte do estado, divulgou que 296 mil clientes estão sem luz. Já a outra concessionária de energia, a Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) Equatorial, divulgou que há 54 mil clientes sem energia em sua área de atuação.
Os municípios mais atingidos são Guaíba, Porto Alegre e Alvorada. Dos desabastecidos, 40 mil estão desligados por segurança devido a áreas alagadas, atendendo a solicitações da Defesa Civil, do Corpo de Bombeiros e das prefeituras municipais.
Ao todo, são mais de 860 mil sem água, de um total de 6 milhões de clientes da Corsan no RS. Há ainda dezenas de municípios sem serviços de telefonia e internet das companhias Tim, Vivo e Claro, de acordo com a Defesa Civil.
Os temporais também causaram danos na infraestrutura viária do estado. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), 188 trechos de rodovias enfrentam algum tipo de bloqueio em razão disso. Do total, cinco trechos de rodovias federais e 28 trechos de rodovias estaduais sofrem bloqueio parcial. Os demais trechos enfrentam bloqueios totais.
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Aulas foram suspensas
De acordo com o balanço da Defesa Civil, cerca de 2.338 escolas em toda Rede Estadual de ensino estão suspensas.
O boletim ainda mostra os números de escolas afetadas (danificadas, servindo de abrigo, com problemas de transporte, com problema de acesso e outros):
As cidades gaúchas enfrentam os efeitos do forte temporal. O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), declarou estado de calamidade pública. A medida foi publicada na noite de quarta-feira de feriado, 1º, em edição extraordinária do Diário Oficial. As localidades mais atingidas são as regiões Central, dos Vales, Serra e Metropolitana de Porto Alegre.
Os dados divulgados pela Defesa Civil mostram que mais de 32 mil estão desalojadas e mais de 9 mil estão em abrigos públicos, com necessidade de itens como colchões, cobertores e roupa de cama e banho. Ao todo, pelo menos 300 cidades foram afetadas e mais de 400 mil pessoas sofrem com as inundações.
Nesta sexta-feria, 3, o governo federal enviou 100 integrantes da Força Nacional para o RS. A tropa federal ajudará nas operações de salvamento e resgate das pessoas atingidas pelas enchentes no estado.
Dos 100 enviados para a região, 60 deles são bombeiros para auxiliar na resposta ao desastre causado pelos temporais no estado. Também serão deslocados para o estado 25 caminhonetes, dois ônibus, um caminhão e três botes de resgate. São 36 policiais federais que estão envolvidos diretamente nos trabalhos.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) mobilizou 75 agentes para as operações de salvamento e resgate das pessoas atingidas pelas enchentes, além de sete especialistas em resgate.
Doações
Diante da situação de calamidade pública enfrentada no Estado, o governo gaúcho reativou o canal de doações para a conta "SOS Rio Grande do Sul" para receber doações via Pix que serão revertidas a donativos para as vítimas.
O Governo do Rio Grande do Sul e a Defesa Civil divulgaram duas maneiras de receber as doações:
- Centro Logístico da Defesa Civil Estadual
- Endereço: avenida Joaquim Porto Villanova, 101, bairro Jardim Carvalho, em Porto Alegre
- Telefone: (51) 3210 4255
Pix para a conta SOS Rio Grande do Sul
- Chave - CNPJ: 92.958.800/0001-38
- Banco do Estado do Rio Grande do Sul
Atenção: quando realizar a operação, é necessário confirmar que o nome da conta que aparece é "SOS Rio Grande do Sul" e que o banco é o Banrisul.
A gestão e fiscalização dos recursos ficarão a cargo de um Comitê Gestor, presidido pela Secretaria da Casa Civil e composto por representantes de órgãos do governo e entidades sociais. Os recursos serão integralmente revertidos para o apoio humanitário às vítimas das enchentes e para a reconstrução da infraestrutura das cidades.
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