Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da SilvaDivulgação: Ricardo Stuckert

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) celebrou neste domingo, 7, os resultados das eleições legislativas da França. A aliança de esquerda Nova Frente Popular (NFP) saiu na frente na apuração, superando os partidos de centro e extrema-direita.
A NFP obteve cerca de 190 dos 577 assentos da Assembleia Nacional (câmara baixa), seguida pela aliança de centro-direita do presidente Emmanuel Macron com uns 160 e o partido de extrema direita Reagrupamento Nacional (RN) e seus aliados com mais de 140.
"Muito feliz com a demonstração de grandeza e maturidade das forças políticas da França que se uniram contra o extremismo nas eleições legislativas de hoje. Esse resultado, assim como a vitória do partido trabalhista no Reino Unido, reforça a importância do diálogo entre os segmentos progressistas em defesa da democracia e da justiça social. Devem servir de inspiração para a América do Sul", escreveu Lula no X (antigo Twitter).
"Triunfo significativo para a coalizão de esquerda e centro, que se uniu para resistir ao avanço da extrema direita. Liderados por figuras influentes como (os jogadores de futebol) Mbappé e Rai, os eleitores franceses reafirmaram seu compromisso com os valores democráticos, defendendo o país contra o neofascismo. Esta união do mundo democrático reflete uma resistência coesa contra forças que ameaçam os pilares do estado democrático de direito", disse o deputado José Guimarães, vice-presidente do PT e líder do governo na Câmara dos Deputados.
O líder do governo Lula no Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues, também comemorou a vitória da esquerda. "Vive la France! Vive la République! Vive la Democratie!", publicou nas redes sociais.

Já o deputado federal e ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, destacou que a eleição francesa impediu a extrema-direita de chegar ao poder. "Bora formar um governo progressista na França!", sugeriu.
A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann também, comemorou a vitória na rede social X: "As urnas demonstram mais uma vez o fracasso das políticas neoliberais e anti populares que vinham sendo implantadas pelos conservadores. Que o novo governo seja o início de um novo tempo para a França. E Parabéns ao companheiro Melanchon, da França Insubmissa, que liderou esse processo", escreveu.
Líderes mundiais
Tanto aliados quanto rivais da França no cenário internacional acompanham de perto estas eleições, especialmente no momento em que Paris, uma potência nuclear, é um dos motores da UE e um dos principais apoios da Ucrânia na guerra contra a Rússia.
O presidente do governo espanhol, o socialista Pedro Sánchez, celebrou que tanto a França quanto o Reino Unido tenham optado pela "rejeição à extrema direita e à aposta decidida por uma esquerda social".
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, também se manifestou nas redes sociais. Para ele, o resultado das urnas francesas apontam para uma revolução mundial pela vida. "Sempre nos momentos mais tristes da humanidade, a Humanidade reage", disse.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, classificou de "histórica" a vitória da Nova Frente Popular. "Saudações ao povo francês, aos movimentos sociais e às suas forças populares, por este importante dia cívico que fortalece a unidade e a Paz", destacou Maduro.

A presidenta de Honduras, Xiomara Castro de Zelaya, aproveitou para parabenizar o partido trabalhista inglês. "A Europa avança. O Partido Trabalhista triunfou no Reino Unido e agora em França, uma coligação de forças progressistas deteve a extrema direita e as suas ameaças. Parabéns aos povos inglês e francês por defenderem os direitos e a liberdade do povo", disse Xiomara, nas redes sociais.