Alexandre Padilha criticou a adesão do prefeito de São Paulo ao bolsonarismoValter Campanato/Agência Brasil
Padilha foi o palestrante do ciclo de debates "O Brasil na visão das lideranças públicas" organizado pela Fundação FHC como parte das comemorações de seus 20 anos. "As eleições municipais, em sua grande maioria, se concentram nas questões locais. Mas, no caso de São Paulo e Rio, o debate e o resultado serão extremamente importantes", disse Padilha.
Nas duas capitais e também em Recife, a disputa, assinalou o ministro, se dará entre os "extremistas de direita que fazem questão de abraçar 'o ladrão de jóias' e que pôs a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para perseguir adversários, e outras candidaturas que vão reproduzir a Frente Ampla que elegeu o presidente Lula".
Sempre chamando o ex-presidente Jair Bolsonaro de "ladrão de joias", Padilha lamentou que, em São Paulo, o prefeito Ricardo Nunes tivesse, nas palavras dele, abraçado o bolsonarismo, aceitando até a indicação do ex-presidente para vice na chapa, o coronel Mello Araújo. "Nunes chegou a receber aquela medalha do Bolsonaro, um objeto que reforça tudo que existe de pior como o preconceito, a discriminação e o machismo. Infelizmente optou por ficar desse lado". Procurado por meio da assessoria, Nunes ainda não se manifestou.
Importância de ganhar no Rio de Janeiro
De acordo com Alexandre Padilha, a grande vitória do que chama de "frente ampla", segundo Padilha, será se o prefeito Eduardo Paes (PSD) for reeleito. "Vencer no ninho do bolsonarismo é algo com um significado gigante. Principalmente derrotando o parceiro de Bolsonaro nos crimes na Abin, o deputado Alexandre Ramagem (PL)".
Também nessa lista de Padilha está o atual prefeito de Recife, João Campos (PSB) que vai enfrentar Gilson Machado (PL), ex-ministro do Turismo de Bolsonaro. Nesse caso, as chances de Machado são pouquíssimas. Campos é o prefeito mais bem avaliado do País e aparece nas pesquisas com mais de 70% das intenções de voto.
O ministro comemorou a aprovação da regulamentação da reforma tributária e também falou sobre as futuras eleições para a presidência da Câmara e do Senado. Ele disse ser contra a antecipação dessa disputa que, em sua opinião, dispersa a energia dos parlamentares, fazendo com que eles deixem de se concentrar na aprovação das pautas que são importantes para o País e assinalou que o Governo não tem intenção de entrar nessa disputa tanto tempo antes da eleição que acontecerá somente no ano que vem.
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