Takashi Morita tinha 21 anos no dia dos ataques contra Hiroshima, em 6 de agosto de 1945Marcos Santos / USP Imagens
Sobrevivente da bomba de Hiroshima morre aos 100 anos em São Paulo
Takashi Morita fazia palestras contra o uso de armamentos nucleares e morava no Brasil há quase 70 anos
Takashi Morita, sobrevivente do ataque com bomba atômica à cidade japonesa de Hiroshima durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), morreu aos 100 anos em São Paulo. Ele morava no Brasil desde 1956 e se tornou um ativista pela paz, fazendo palestras contra armamentos nucleares.
Morita, que faleceu nesta segunda-feira (12), foi sepultado no cemitério de Congonhas, em São Paulo, na terça-feira (13). "Nossa família agradece por seu apoio durante este momento de grande comoção. Aos familiares e amigos, Takashi Morita (1924-2024)", dizia o convite enviado pela família para o enterro.
Takashi tinha 21 anos e era policial militar quando presenciou o devastador ataque dos Estados Unidos ao Japão na cidade de Hiroshima, em 6 de agosto de 1945, que matou instantaneamente cerca de 70 mil pessoas. Ele chegou a ser diagnosticado duas vezes com leucemia e precisou fazer tratamentos.
Anos depois, já no Brasil, ele criou uma associação para sobreviventes da bomba atômica e conseguiu, através dela, que o governo japonês pagasse despesas médicas a estas pessoas.
O ativista completou 100 anos no último dia 1º de março. Ele foi homenageado por estudantes e professores da Escola Técnica Estadual (Etec) de Santo Amaro, que havia sido rebatizada com o seu nome, Takashi Morita, ainda em 2019.
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