Queda de aeronave em Gramado atingiu uma loja de imóveis, causando estragos e incêndioReprodução/X
Condições climáticas podem ter causado queda de avião, diz presidente do aeroclube de Canelas
Marcelo Sulzbach afirmou que a meteorologia mudou assim que iniciou o voo
O presidente do aeroclube de Canela, Marcelo Sulzbach, afirmou que as condições meteorológicas pioraram no momento da decolagem do avião que caiu no domingo (22), em Gramado, na serra gaúcha, deixando 10 pessoas mortas. Ele destacou que o aeródromo da cidade opera apenas em condições de voo visuais e não possui controle de tráfego aéreo.
"O teto estava um pouco baixo, com nevoeiro. No momento que a aeronave iniciou o taxiamento, a meteorologia mudou", afirmou Sulzbach, ressaltando a instabilidade climática da região. Segundo ele, Canela apresenta clima mais volátil, suscetível a mudanças rápidas, o que pode ter contribuído para o acidente.
Sulzbach explicou que, devido ao aumento do nevoeiro, o piloto precisou confiar exclusivamente nos instrumentos de voo. "Dentro da nuvem, não há referências visuais. Isso pode ter dificultado o trabalho do piloto", disse ele, referindo-se ao piloto da aeronave de Luiz Galeazzi.
Ainda de acordo com Sulzbach, em aeródromos que operam apenas em condições visuais, a decisão de decolar cabe exclusivamente ao piloto. "Agora temos que esperar a investigação para elucidar os fatos", concluiu.
Acidente
A tragédia ocorreu na manhã de domingo, 22, na Avenida das Hortênsias, em Gramado. A aeronave, pilotada por Luiz Galeazzi, transportava 10 pessoas da mesma família, incluindo o piloto, sua esposa, três filhas, a sogra, outro casal e duas crianças.
A família havia viajado para Canela na sexta-feira (20). Eles estavam a caminho de Jundiaí, no interior de São Paulo, quando aconteceu o acidente. A Polícia Civil investiga as circunstâncias do caso.
"Com informações do Estadão Conteúdo"
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