Brasília - A ministra da Cultura, Margareth Menezes, falou sobre a importância das expressões artísticas e como as ditaduras tentam destruir a cultura. Ela discursou nesta quarta-feira (8), no Palácio do Planalto, no evento que marca os dois anos da tentativa de golpe.
Ela iniciou sua fala fazendo duras críticas ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ainda que não tenha o citado nominalmente. Segundo ela, a tentativa de golpe foi "aterrorizante".
"Há exatamente dois anos tentaram desestabilizar a democracia brasileira, atacando o prédio dos Três Poderes com o intuito de usurpar a liberdade do povo. A tentativa de golpe foi simplesmente aterrorizante. Tínhamos acabado de assumir o governo e o povo ainda festejava a chegada da esperança, de sair da era do descaso, da destruição, do mau trato, da mentira, da falta de conhecimento, da burrice, da sabujice indecorosa, do desamor e do desrespeito à cultura e a diversidade do povo brasileiro", declarou.
Após as críticas, ela ressaltou a vitória democrática com o fracasso na tentativa de golpe. "Apesar dos esforços desta organização golpista, a democracia venceu e a cultura resistiu". Pouco depois ela citou que "A democracia não é um privilégio de alguns, é um direito de todos".
Importância da cultura
Margareth apontou que "neste dia tão simbólico, devolvemos à sociedade sete obras que foram vandalizadas naquele ataque de 8 de janeiro". De acordo com ela, atacar democracia é uma prioridade das ditaduras.
"Cultura e arte brasileiras são tesouro inquestionável e inquebrantável é por isso que as ditaduras buscam destruir a cultura. Ela firma e fortalece a soberania e a alma do povo. Ninguém pode domar nem amordaçar as expressões artísticas
8 de janeiro de 2023
Logo de cara, no dia 8 de janeiro, houve uma tentativa de golpe em Brasília, no Distrito Federal. Os atos golpistas foram organizados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que perdeu a eleição de 2022 para Lula. Os manifestantes alegavam que a eleição havia sido fraudada e que Lula era um presidente ilegítimo.
Os protestos tiveram início pacífico, mas logo se tornaram violentos. Os manifestantes invadiram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal, destruindo patrimônio público e agredindo policiais. O governo federal condenou os atos de violência e afirmou que iria punir os responsáveis, dando início a uma investigação da Polícia Federal e posterior julgamento do STF.
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