Empresário Antônio Vinicius Lopes Gritzbach foi assassinado no aeroporto de Guarulhos (SP)Reprodução / TV Record
PM é identificado como responsável pelos disparos que mataram delator do PCC
Operação Prodotes cumpre 15 mandados de prisão e 7 de busca contra policiais militares suspeitos de envolvimento com organização criminosa
A Corregedoria da Polícia Militar deflagrou, nesta quinta-feira (16), uma operação para cumprir 15 mandados de prisão e sete de busca e apreensão contra policiais militares suspeitos de envolvimento com organização criminosa. Entre os presos, está o PM identificado como autor dos disparos que mataram o empresário Antônio Vinícius Gritzbach, delator do PCC, no aeroporto de Guarulhos, em 8 de novembro de 2024.
A operação, chamada Prodotes, conta com o apoio da força-tarefa criada pela Secretaria da Segurança Pública, que busca identificar outros envolvidos e possíveis mandantes do crime. A investigação teve início em março do ano passado, após uma denúncia à Corregedoria sobre o vazamento de informações sigilosas que favoreciam criminosos ligados à facção.
Sete meses depois, um inquérito policial militar revelou que os envolvidos — militares da ativa, da reserva e até ex-integrantes da instituição — estavam favorecendo membros de uma organização criminosa, evitando prisões e prejuízos financeiros. Também foi descoberto que policiais prestavam escolta para criminosos, como no caso de Gritzbach, que estava envolvido com lavagem de dinheiro e duplo homicídio.
Relembre o caso
O empresário Antônio Vinicius Lopes Gritzbach foi morto por disparos no dia 8 de novembro de 2024 no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Gritzbach era um delator, que estaria entregando esquemas de lavagem de dinheiro do PCC ao Ministério Público de São Paulo.
No momento em que levou dez tiros de fuzil, o empresário carregava uma mala com joias avaliadas em R$ 1 milhão. Gritzbach também teria mandado matar dois integrantes do PCC em 27 de dezembro de 2021. Anselmo Becheli Santa Fausta, conhecido como Cara Preta, e Antônio Corona Neto, o Sem Sangue, motorista de Anselmo, foram assassinados.
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