Pisa-n’água-de-pescoço-vermelho Guilherme Serpa
O visitante ilustre trouxe alegria para o biólogo Guilherme Serpa que saiu do Rio de Janeiro em um bate e volta apenas para observar a rica fauna da Região dos Lagos e teve a sorte de encontrar e registrar a rara ave com outras espécies.
“Eu acho que esse novo registro do pisa-n’água-de-pescoço-vermelho na Região dos Lagos, sendo apenas o segundo registro no Brasil, demonstra a importância dos ambientes aquáticos como lagunas e salinas para a migração dessas aves”, disse Guilherme.
Para conseguir realizar as fotografias, Guilherme contou com a ajuda de um experiente biólogo, pesquisador e observador de aves, Eduardo Pimenta. Ele já teve um encontro com o pisa-n’água-de-pescoço-vermelho há nove anos, em Araruama (RJ).
“Fiz o primeiro registro do Brasil em 2015, reconhecido pelo Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos em 2019. Agora, tivemos a segunda ocorrência. Isso traz um olhar para todo o nicho de mercado de observação de aves, não só do Brasil como do mundo, para nossa região, que certamente vai atrair muitos turistas de alta renda”, acredita Eduardo.
Além da atividade de observar aves, Eduardo também coordena o Projeto Imersão – projeto criado pela parceria entre a Prolagos e a Universidade Veiga de Almeida (UVA) – que realiza levantamento das espécies de aves no entorno da Laguna de Araruama. A pesquisa aponta que 15,5% das aves da Laguna são categorizadas como visitantes. A maioria são aves residentes, cerca de 77%.
Quem sempre tem contato com as aves e apoiam nos registros das espécies são os pescadores. “É uma relação de muito respeito. As aves que mais aparecem na Laguna é a gaivota e a garça. Elas pousam na proa do barco e viajam com a gente. Elas estão tão acostumadas que o pescador dá o peixe no bico”, conta Leandro Coutinho, pescador de Iguaba Grande.
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