Bala de borracha ficou alojada no rosto do ambulanteLetycia Rocha (RC24h)
A vítima conta que foi socorrida por populares, que deram água e colocaram gelo. Desesperado, ele saiu andando até a praça do bairro Vila Nova, onde pediu ajuda a um outro rapaz, “ele me colocou na moto dele e me levou para a delegacia”.
Na 126ª Delegacia de Polícia (126ª DP), Márcio foi atendido por um agente que o indicou, primeiramente, ir até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e, depois, registrar a ocorrência. “Fui para a UPA e fiquei de 4h até às 6h, aguardando os procedimentos”.
Exame de imagem mostra projetil alojado – Foto: Arquivo pessoal
Logo em seguida, ele foi encaminhado para o Hospital Central de Emergência (HCE), onde realizou exames de imagens, como radiografia e tomografia, sendo constatada a necessidade de uma cirurgia para a retirada do projetil.
“Depois da alta, fui com todos os documentos para a delegacia. Dois policiais civil que estavam de plantão me disseram que lá não fazia esse tipo de ocorrência e eu precisava ir para a Ouvidoria, no Batalhão. Quando cheguei no Batalhão, o militar que estava no portão me disse que a Ouvidoria só tinha no Rio e eu deveria voltar para a delegacia. Não fui tratado bem”, relembra.
Exames solicitados para cirurgia – Foto: Arquivo pessoal
Márcio conta que ainda terá que passar por novos exames e precisará ser submetido a outra cirurgia, dessa vez em um hospital no Rio de Janeiro, já que teve parte do maxilar quebrado e precisará colocar uma prótese. “Não consigo comer, estou tomando água, sopa, tudo com canudinho. Minha boca foi costurada por dentro e por fora”.
O ambulante segue, agora, sob efeito de diversos analgésicos e antibióticos, além de precisar ficar afastado do trabalho, já que também é funcionário público da Prefeitura de Cabo Frio.
“Uma coisa dessas não pode ficar impune. Eu levei um tiro no rosto. Fiquei com a bala agarrada. Não sou bandido. Sou trabalhador e também funcionário público. Estava fazendo um extra”, lamenta a vítima.
Além de todo o transtorno físico, Márcio teve o aparelho celular destruído pelos policiais.
“Eles ainda quebraram o meu telefone. Quando eu ia filmar o ocorrido, bateram meu telefone no chão”, conta.
Com todo o ocorrido, o ambulante está precisando de ajuda financeira para comprar remédios e auxiliar na realização dos exames e da cirurgia, que será feita em outra cidade, além de adquirir um novo aparelho celular. Ele disponibilizou uma chave PIX para quem puder ajudar: 09861581782 (CPF).
Além de todo o transtorno físico, Márcio teve o aparelho celular destruído pelos policiais.
“Eles ainda quebraram o meu telefone. Quando eu ia filmar o ocorrido, bateram meu telefone no chão”, conta.
Com todo o ocorrido, o ambulante está precisando de ajuda financeira para comprar remédios e auxiliar na realização dos exames e da cirurgia, que será feita em outra cidade, além de adquirir um novo aparelho celular. Ele disponibilizou uma chave PIX para quem puder ajudar: 09861581782 (CPF).
Procurado pelo jornal O DIA, o comandante do 25º Batalhão de Polícia Militar (25º BPM), tenente-coronel Leonardo Oliveira, afirmou que será instaurado procedimento apuratório para averiguar o ocorrido.
“Vou mandar, de imediato, instaurar o procedimento apuratório disciplinar, para averiguarmos, com imparcialidade, as circunstâncias desse fato”, afirmou.
O Registro Policial Militar será realizado com o apoio do 25º BPM, assim como o exame de Corpo Delito.
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