Reunião realizada no salão do Clube Militar com moradores Revista Cidade
Praia do Foguete, em Cabo Frio, discute candidatura ao selo Bandeira Azul em reunião com moradores
Encontro promovido pela Prefeitura esclareceu critérios da certificação e abriu espaço para participação popular na decisão
Cabo Frio - Em uma reunião realizada na tarde de quarta-feira (9), no salão do Clube Militar, moradores da Praia do Foguete, em Cabo Frio, participaram de uma apresentação sobre a proposta de candidatura da praia ao selo Bandeira Azul. O encontro foi convocado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, com o apoio da Associação de Moradores do Foguete.
O secretário de Meio Ambiente, Jailton Nogueira, explicou como funciona o processo de certificação, destacando que o selo é concedido a praias que atendem a exigências internacionais de qualidade da água, segurança, serviços, acessibilidade e gestão ambiental. “A certificação traz notoriedade para o local, além de estimular a educação ambiental e contribuir para a melhoria dos serviços públicos. Queremos ouvir os moradores antes de dar os próximos passos”, afirmou.
Durante a reunião, a coordenadora local do programa Bandeira Azul, Luiza Reith, detalhou os 34 critérios exigidos para a obtenção do selo, avaliados por júris nacional e internacional. Segundo ela, a proposta para a Praia do Foguete prevê uma temporada curta, com hasteamento da bandeira apenas no verão e aplicável a um trecho da orla. “O grande diferencial do Bandeira Azul está na gestão participativa. Os moradores ajudam a identificar problemas e a manter um canal direto com a administração pública”, explicou.
Uma das exigências iniciais é a criação de uma comissão mista, composta por representantes da comunidade e do poder público, que ficará responsável por acompanhar a implementação das ações necessárias para a candidatura.
A moradora do bairro Peró, Marta Rocha, foi convidada a compartilhar a experiência da Praia do Peró, certificada com a Bandeira Azul desde 2018. Ela destacou avanços na organização e fiscalização da orla. “Não resolvemos todos os problemas, mas o perfil do público mudou. Hoje temos uma praia mais preservada e com melhor infraestrutura”, comentou.
Durante o debate, moradores tiraram dúvidas sobre o impacto da certificação. O biólogo Fábio Fabiano questionou os custos envolvidos no processo. Nogueira esclareceu que a taxa anual de renovação gira em torno de R$ 6 mil e é coberta pela prefeitura. “Esse valor é destinado à visita técnica das entidades responsáveis pela avaliação”, explicou.
Para ampliar a participação da comunidade, a Associação de Moradores do Foguete lançou uma enquete online para ouvir a opinião dos moradores sobre a candidatura. A proposta ainda será avaliada conforme a manifestação da população e a viabilidade de cumprimento dos critérios estabelecidos.
*Com informações da Revista Cidade.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.