Além de Wladimir, Tassiana e Feres (os três últimos), representantes da SEAP também participaram da inauguração Foto César Ferreira/Secom
Prefeito inaugura primeira fábrica de absorventes higiênicos do estado em presídio
Iniciativa faz parte do projeto Dignidade Menstrual e visa beneficiar alunas carentes da rede municipal de Campos
Campos – A primeira fábrica de absorventes higiênicos instalada em um presídio no Estado do Rio de Janeiro está localizada em Campos dos Goytacazes, na unidade Nilza da Silva Santos. A inauguração aconteceu nesta sexta-feira (1), pelo prefeito Wladimir Garotinho, dentro do projeto Dignidade Menstrual.
Acompanhado da primeira-dama Tassiana Oliveira e do secretário de Educação Ciência e Tecnologia, Marcelo Feres, Wladimir pregou inclusão e ressocialização, em meio à distribuição de kits de desenho e gibis para as detentas. A iniciativa foi do governo municipal, que levou o projeto à Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (SEAP), visando combater a pobreza menstrual.
Cabe à prefeitura fornecer a matéria prima e as internas, que passaram por capacitação, produzem o absorvente; que será distribuído para as cerca de 10 mil alunas da rede municipal de ensino, que periodicamente têm necessidade de usá-lo. Segundo o prefeito, é um novo projeto em parceria com o Governo do Estado, feito por meio da SEAP.
“Estamos entregando a primeira fábrica de absorventes dentro de um presídio no Estado do Rio de Janeiro para que as detentas possam ter uma especialização, e que o trabalho delas possa dar dignidade para as alunas da rede de ensino, pois muitas deixam de ir à escola por não tem condições de ter acesso ao absorvente”, destaca Wladimir afirmando: “Tudo que for produzido, vai chegar às alunas na ponta, tanto da rede municipal quanto estadual”.
Tassiana Oliveira avalia que é um trabalho em conjunto espetacular: “Além de oferecer para nossas meninas esta necessidade tão importante, que são os absorventes, estamos oferecendo às detentas oportunidade para que elas possam ocupar de maneira adequada seus pensamentos, e com o conhecimento e trabalho mudar a vida e seguir um novo caminho”.
A primeira-dama observa que não é apenas um,a questão de dignidade, mas também de saúde: “Ouvimos relatos, quando fazemos abordagem social que muitas vezes as meninas utilizam até mesmo o jornal para se proteger; este é um conjunto de ações positivas”. Para o secretário de Educação, Marcelo Feres, a instalação da fábrica no presídio é uma questão de ir além no olhar a quem precisa.
“Estamos falando de dignidade”, prega o secretário realçando: “Essa parceria nasce de uma demanda real de alunas carentes, que necessitam do absorvente e é claro que poderíamos tratar somente com a entrega do material, mas nada melhor que dar um sentido para isso, desenvolvendo a produção e dignidade para as apenadas, pois vão também poder contribuir com a situação delas. Então é um verdadeiro ganha-ganha”.
A diretora da penitenciária feminina, Crea Mourão, entende que o projeto pode servir de modelo para outras unidades: “Estamos falando de dignidade. Essa parceria nasce de uma demanda real de alunas carentes que estão na rede municipal, necessitam do absorvente; é claro que poderíamos tratar somente com a entrega do material, mas nada melhor que dar um sentido para isso, desenvolvendo a produção e dignidade para as apenadas, pois vão também poder contribuir com a situação delas".
PROJETO FUTURO - O subsecretário Geral do SEAP, Igor Bicaco, explica que a máquina possui capacidade de produzir cerca de seis mil absorventes dia: “A intenção é promover, em uma segunda etapa, a produção de fraldas higiênicas que vão ser distribuídas na Unidade Materno Infantil, do Complexo Penitenciário de Gericinó, que acolhe os bebês das internas privadas de liberdade”.
Bicaco ressalta que a parceria com o prefeito Wladimir Garotinho tem sido de suma importância para o trabalho realizado pela SEAP: “A parceria com a prefeitura nos motivou a implementar projetos como esse, onde todos ganham. Desde quando se tornou prefeito, Wladimir sempre nos deu apoio; essa ação vai dar às pessoas uma especialização, essas ações trabalham o psicológico das internas e dá esperança”.
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