Até ser liberado para a doação, o doador passa por alguns procedimentos básicos Foto César Ferreira/Secom
Hemocentro Regional orienta para doação e tira dúvidas sobre mitos e verdades
Unidade atende 25 unidades hospitalares do Norte/Noroeste do Estado do Rio de Janeiro
Campos – “Para ser um doador, o interessado deve ter boas condições de saúde, peso superior a 50 kg, idade entre 16 e 69 anos, não estar em jejum e não ter ingerido alimentos gordurosos nas últimas três horas”. A orientação é do Hemocentro Regional de Campos dos Goytacazes (RJ), ao desvendar mitos e verdades sobre doação de sangue.
O Hemocentro funciona em prédio anexo ao Hospital Ferreira Machado, localizada à Rua Rocha Leão, n° 2, no bairro do Caju, diariamente, das 7h às 18h, inclusive aos sábados, domingos e feriados. A unidade atende 25 unidades hospitalares do Norte/Noroeste do Estado do Rio de Janeiro; para aumentar o estoque de sangue, as coletas externas com o auxílio da unidade móvel vêm sendo intensificadas.
A Secretaria de Saúde incentiva à doação de sangue como sendo um ato nobre e com papel vital na sobrevivência de muitas pessoas, mas ainda cercada por mitos e dúvidas. “Desmistificar essas crenças é fundamental para encorajar mais pessoas a contribuir com esse gesto altruístico”, pontua realçando que o Hemocentro segue rígidos protocolos de higiene e esterilização, garantindo a segurança do doador e do receptor.
“Ao chegar ao órgão, o doador é recebido por uma equipe de profissionais, onde algumas etapas são seguidas”, diz publicação da secretaria no portal da prefeitura acentuando que antes da doação, o voluntário passa por uma triagem: “Nesse estágio, são realizados testes para verificar a hemoglobina e a pressão arterial, além de questionários para identificar possíveis impedimentos temporários ou permanentes à doação”.
De acordo ainda com os procedimentos, em seguida é realizada uma entrevista clínica, onde o doador responde a perguntas sobre sua saúde, histórico médico e comportamentos que possam afetar a segurança do sangue coletado: “Após a triagem, se aprovado, ele é encaminhado para a doação; a coleta de sangue é feita por meio de uma pulsão venenosa; geralmente são retirados 450 ml de sangue”.
Outro ponto ressaltado é que o sangue coletado passa por uma série de avaliações e exames até que o material seja liberado para a transfusão: “Além disso, o sangue é processado e separado em diversos hemocomponentes, como concentrados de hemácias, plasma e plaquetas”. Para ser doador é preciso apresentar documento de identidade com foto. Os menores de 18 anos só podem doar com o consentimento formal dos responsáveis.
MITOS E VERDADES – Visando esclarecer dúvidas, a secretaria, por meio do hemocentro, enfatiza mitos e verdades sobre doação. Mito: doar sangue enfraquece o doador; Verdade: na realidade, doar sangue não causa enfraquecimento; o corpo repõe o volume de sangue doado rapidamente e a sensação de fraqueza é incomum. Mito: doar sangue é doloroso; Verdade: o procedimento é simples e geralmente indolor; a picada da agulha pode causar um leve desconforto, mas a sensação é temporária.
Mito: mulheres não podem doar sangue regularmente; Verdade: as mulheres podem doar sangue normalmente, desde que atendam aos requisitos de saúde e peso estabelecidos; o intervalo mínimo de doação para as mulheres é de 90 dias, devido à reposição dos estoques de ferro, que nas mulheres é mais demorada por conta das perdas durante os ciclos menstruais.
Mito: somente sangue tipo O- é universal; Verdade: embora o tipo O- possa ser doado para pacientes de qualquer tipo sanguíneo em emergências, outros tipos também são valiosos para diversos procedimentos médicos. Mito: a doação engrossa o sangue; Verdade: a doação não engrossa e não afina o sangue; o volume de sangue coletado é baseado no peso e na altura do doador.
Mito: Doar sangue frequentemente faz mal à saúde; Verdade: doar sangue de forma regular, respeitando os intervalos recomendados não prejudica a saúde; pelo contrário, pode estimular a produção de células sanguíneas novas; a doação de sangue deve ser realizada com intervalo mínimo de 60 dias para homens e 90 dias para as mulheres.
Mito: pessoas com tatuagens ou piercings não podem doar sangue; Verdade: desde que tenham sido realizados em locais licenciados e cumpram requisitos específicos, esses procedimentos não impedem a doação; após esses procedimentos, é necessário aguardar 12 meses para realizar a doação.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.