Equipe que atua no Programa Estadual de Transplantes é considerada uma das mais conceituadas Foto César Ferreira/Secom
NF Transplantes coloca município na ponta em captações e doações de órgãos
Programa é desenvolvido no Hospital Ferreira Machado, na região norte do estado do Rio
Campos - Pioneiro nas ações e procedimentos pró-transplantes no interior do estado do Rio de Janeiro,o NF (Norte Fluminense) Transplantes, sediado no Hospital Ferreira Machado (HFM), em Campos dos Goytacazes, coloca o município na liderança no ranking de captações e doações de órgãos no interior do estado.
Segundo o coordenador do NF-Transplantes, Luiz Eduardo Castro, de janeiro a outubro deste ano, Campos contabilizou 20 autorizações e 12 captações, totalizando 42 órgãos disponibilizados para transplantes: “Em seguida vem Macaé, com 14 doações e 10 captações; Itaperuna, no Noroeste, se encontra em quarto lugar, com seis doações e outras captações”.
Castro assinala que a equipe está se renovando e tomando uma dimensão maior, contribuindo para melhoria do desempenho do trabalho: “O resultado é um maior rendimento da equipe na identificação de possíveis doadores, o que contribui muito na notificação de cada um dos casos possíveis para doação”.
Integrante da equipe do NF-Transplantes, o psicólogo Luis Cosmelli avalia que as autorizações e captações para doação de órgãos e tecidos têm proporcionado, não só a sobrevivência e melhoria de qualidade de vida aos receptores cadastrados no Programa Estadual de Transplantes, “como vem colocando o HFM como o mais efetivo na região Norte Fluminense, ao longo dos anos”.
Cosmelli analisa a equipe multiprofissional como qualificada, competente e compromissada: “Isso contribui para o sucesso do nosso trabalho, porque quando recebemos a família de um paciente para entrevista, se esse atendimento não for acolhedor, empático e tranquilo, não teremos o resultado que a gente almeja que é a autorização para a captação dos órgãos.
FANTÁSTICOS - Além do aumento nas captações, o psicólogo acentua que o número de negativa familiar vem diminuindo ao longo dos anos, sendo 2021 de 33%; 2022 de 35% e 2023 de 25%: “Os dados são fantásticos, inclusive nacionalmente, porque o processo de doação é coletivo; por isso é que ter uma equipe engajada e compromissada contribui para o sucesso do processo”.
Dados expostos pelo programa demonstram que no ano passado, foram contabilizadas 13 doações de múltiplos órgãos, superando os números de 2021, quando foram registradas nove: “As doações efetivadas em 2022 possibilitaram a realização de 13 transplantes de córneas, 12 de fígados, 10 de rins, duas peles, dois ossos e dois tendões, beneficiando 36 pessoas”.
O psicólogo detalha que o NF-Transplantes é vinculado à Central Estadual de Transplantes (CET) e à Organização de Procura de Órgãos (OPO), sediada em Itaperuna: “Pode ser doadora qualquer pessoa que venha a morrer por morte encefálica. Apenas algumas doenças, como alguns tipos de câncer e o HIV, impedem a doação. Para doar tecidos, além da morte encefálica, o doador pode ter tido parada cardíaca”, conclui Cosmelli.
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