Os profissionais prestaram assistência à saúde, nessa quarta-feira, na sede da Missão Bom Samaritano Foto Constância Prestes/Divulgação

Campos - Serviços de vacinação contra hepatite A e B e Covid-19; atendimento médico, psicológico, de enfermagem, social; além de alimentação foram disponibilizados, nessa quarta-feira (2), para população em situação de rua, pela Secretaria de Saúde de Campos dos Goytacazes (RJ).
As ações aconteceram por meio do Consultório na Rua (ligado à secretaria), em conjunto com a Missão Bom Samaritano, cuja sede está localizada na Rua Antônio Félix Miranda, 46, centro da cidade. Cerca de 50 pessoas foram atendidas, segundo a coordenadora do programa, Constância Prestes.
A coordenadora destaca a importância da parceria: "Essa ação é fundamental para levar atendimento integral à população em situação de rua. A parceria com a Missão Bom Samaritano é essencial para ampliar o alcance do nosso trabalho e garantir que essas pessoas recebam o cuidado que merecem".
O Consultório na Rua conta com oito profissionais, incluindo médico, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos e técnicos de enfermagem. Constância ressalta que a equipe esteve presente para oferecer um atendimento completo e de qualidade: “A Missão Bom Samaritano, que já realiza um importante trabalho de apoio a pessoas em vulnerabilidade, complementou a ação oferecendo alimentação, banho e doação de roupas”.
Constância destaca que o governo municipal, através da Secretaria de Desenvolvimento Humano e Social, desenvolve trabalho de acolhimento de pessoas em situação de rua em quatro unidades – Casa de Passagem, Lar Cidadão, Manoel Cartucho e em parceria com a entidade filantrópica Albergue Francisco de Assis (Afa). Há cerca de 158 abrigados, a maioria imigrantes.
“Mais homens do que mulheres, o índice maior é de pessoas usuárias de bebidas alcoólicas e drogas”, aponta Constância observando que muitos resistem ao acolhimento; há aproximadamente 60 vivendo em ruas, principalmente na região do centro da cidade. “O objetivo do Consultório na Rua é promover saúde, com base em proposta do Ministério da Saúde”, resume.
COMPLEXIDADE - A coordenadora realça que a atenção dada às pessoas que vivem em situação de rua pela prefeitura tem sido considerada uma das melhores: “O quadro é muito complexo; a cada dia observamos pessoas de outros municípios; porém, Campos busca alternativas para reduzir os danos; a mais recente é o Centro de Referência Especializado para Pessoas em Situação de Rua (CentroPop).
“Trata-se de um equipamento da Secretaria de Desenvolvimento Humano e Social, que realiza atendimentos direcionados às abordagens sociais no contexto das ruas”, explica o secretário Rodrigo Carvalho assinalando que a iniciativa tem servido de inspiração para projetos espalhados em algumas partes do país.
De acordo com Carvalho, através da sua conta no Instagram, o CentroPop tem recebido mensagens com perguntas sobre serviços oferecidos e elogios de coordenadores de projetos semelhantes. Ele assinala que o novo espaço do CentroPop e a Casa de Passagem são avanços consideráveis na área social para as pessoas em situação de rua.
“Encontramos uma situação triste quando assumimos, hoje podemos comemorar os avanços", enfatiza o secretário exemplificando: “Regulamentamos a lei da passagem para o retorno dos usuários aos locais de origem; ofertamos alimentação de qualidade e toda assistência necessária para garantia de direitos, tudo isso graças à sensibilidade do Prefeito Wladimir Garotinho”.
VÁRIAS AÇÕES - Na avaliação da coordenadora do Centro Pop, Polliana Soares, ser referência para outros estados é motivo de orgulho: “Gera um sentimento de continuarmos a fazer cada vez mais pela população em situação de rua, que tanto necessita de nosso olhar diferenciado. Somos o que somos, porque temos um governo que cuida de pessoas e nos inspira a continuarmos a cuidar cada vez mais”.
O atendimento é feito, diariamente, por equipes que promovem a abordagem do público-alvo nas ruas: “As ações vão de referenciamento dos usuários a encaminhamento para acolhimentos institucionais. Os profissionais também encaminham usuários para emissão de documentos e tratamento em Centros de Atenção Psicossocial, visando tratamento de vícios”, relata Polliana.
Outro feito ressaltado é o serviço de tentativa de reinserção familiar através do reestabelecimento de vínculos familiares: “No ano passado foi criado o Projeto EducaPop, que tem como objetivo alfabetizar os usuários que não sabem ler nem escrever. Além de todos esses serviços, são realizados eventos em datas comemorativas, torneios de futebol, palestras, apoio espiritual e várias oficinas”, conclui a coordenadora.