Incêndio seguido de explosão começou por volta das 7h25 e demorou cerca de quatro horas para ser controlado Foto Divulgação

Campos – A Petrobras ainda apura a causa da explosão seguida de incêndio que atingiu a plataforma Cherne 1 (PCH-1), na Bacia de Campos, ao norte di estado do Rio de Janeiro, na manhã desta segunda-feira (21). Não há registro de ferido grave, embora um trabalhador tivesse se jogado ao mar.
Segundo a Petrobras o trabalhador foi retirado pela embarcação Locar XXII e levado, consciente, para atendimento médico na plataforma PNA-1. O incêndio começou por volta das 7h25, sendo controlado por volta das 11h25 – a operação demorou cerca de quatro horas; houve necessidade de interromper o escoamento de gás da plataforma.
As comunicações da unidade também foram afetadas; equipes de emergência foram acionadas para prestar apoio à operação e garantir a segurança dos 176 trabalhadores a bordo. De acordo ainda com a Petrobras, embarcações especializadas em combate a incêndios foram posicionadas ao lado da plataforma e permaneceram de prontidão durante todo o tempo da ocorrência.
O Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro-NF) acisa falta de investimentos em manutenção e na integridade das plataformas da Bacia de Campos. A entidade diz que acompanha com preocupação o episódio. A entidade reclama que os acidentes vêm se tornando recorrentes.
“Infelizmente, o que vemos hoje são as consequências práticas do desmonte da indústria nacional do petróleo”, observa o diretor do Sindicato dos Petroleiros, Sérgio Borges comentando que “o sucateamento da Bacia de Campos, além dos prejuízos econômicos, coloca em risco a vida dos trabalhadores”. E reforça: “Não é por acaso que acidentes como esse têm se tornado mais frequentes”.
Além de indicar um diretor para compor a Comissão de Apuração do Acidente e acompanhar o caso de perto, o sindicato antecipa que irá denunciar a ocorrência a todos os órgãos competentes: “Como a Marinha do Brasil, Agência Nacional do Petróleo e Gás Natural (ANP), Ministério Público do Trabalho, Ministério do Trabalho e demais entidades responsáveis pela fiscalização das condições de saúde e segurança na indústria do petróleo”, pontua o diretor.