Cássio Coelho, secretário da Seenemar, recepcionou as autoridades, entre elas Marcelo Neves Foto Divulgação
Força do petróleo no estado do Rio é exaltada com foco em Campos
Município participou com destaque de seminário promovido pela Secretaria de Energia e Economia do Mar
Campos – A inserção dos municípios da região da Bacia de Campos (dos Goytacazes) nos debates sobre o futuro do petróleo, gás e da transição energética é defendida como fundamental, pelo secretário da Organização dos Municípios Produtores de Petróleo (Ompetro), Marcelo Neves.
Também secretário de Petróleo, Energia e Inovação de Campos, Neves marcou posição no último dia 10, durante o seminário “A Força do Petróleo do Rio de Janeiro – Um Gigante Energético”, promovido pela Secretaria de Estado de Energia e Economia do Mar (Seenemar), cujo secretário é Cássio Coelho. Participaram diversas autoridades, especialistas e representantes do setor produtivo.
A posição de Campos no contexto foi ressaltada durante o evento. O secretário foi mediador no painel “Panorama de Royalties e Participações Governamentais”, que contou com especialistas da Pré-Sal Petróleo Sociedade Anônima (PPSA), Ministério de Minas e Energia, Agência Nacional de Petróleo e Gás Natural (ANP) e do setor jurídico.
Neves destacou que o prefeito de Campos e presidente da Ompetro, Wladimir Garotinho considera que o petróleo e o gás são fundamentais para o desenvolvimento regional e social: “Ele sempre enfatiza que a transição energética precisa ocorrer com responsabilidade e justiça, preservando os empregos, os investimentos e garantindo os direitos dos municípios produtores”.
Um dos pontos fortes do setor petróleo assinalados no evento foi a geração de empregos, com a Bacia de Campos citada como fundamental. O presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás, Roberto Ardenghy, pontuou que nos próximos 10 anos a indústria do setor irá gerar 400 mil empregos: “É um emprego especializado, que tem um apuro técnico, a pessoa tem que ter conhecimento”, resumiu.
Na opinião do deputado federal Júlio Lopes, Campos é uma das grandes produtoras de petróleo do estado do Rio de Janeiro, e a Ompetro precisa estar presente para discutir, levar sua voz, levar sua ideia, sua representatividade à discussão nacional: “A gente sabe que não é razoável o tratamento federativo dado ao Rio de Janeiro pelo Brasil”, reconheceu.
CIDADE EXALTADA - A administração de Campos foi exaltada pelo parlamentar: “E a gente tem em no município uma força, porque é uma cidade bem tocada hoje, é uma cidade que está bem lá com o nosso Wladimir. Nós estamos juntos para reivindicar que o Brasil tenha outro comportamento com o nosso estado e que preserve os royalties”.
A expressividade campista no caminho do desenvolvimento também recebeu comentário expressivo do presidente da Frente Parlamentar do Petróleo, Gás e Energia, deputado federal Eduardo Pazuello: “Campos é a base. Principalmente pela proximidade com o Porto de Açu”.
“Eu acho que as empresas precisam entender a importância geográfica de Campos”, sugeriu Pazuello justificando: “Não é de hoje. A posição geográfica de Campos é histórica desde quando era para ser a capital de grande parte do estado. E eu acho que os investimentos têm a ver com planejamento”.
PLANEJAMENTO - O deputado sugeriu que a Petrobras planeje e apresente planejamento para que os investimentos aconteçam: “Eu acho que esse é o caminho para Campos também”. A diretora executiva de Exploração e Produção da Petrobras, Sylvia Anjos, aproveitou para resumir os investimentos que a companhia tem realizado na Bacia de Campos.
“Nós estamos com o planejamento, o nosso PE 2025-2029, US$ 22 bilhões, incluindo novas plataformas, incluindo novos postos, pelo menos uns 120 postos planejados”, apontou Sylvia acentuando que rodos os projetos da Petrobras têm um nível de resiliência muito alto.
“A gente traz um cenário de óleo alto, médio e baixo. Para provar, precisa no cenário de óleo baixo”, analisa Sylvia concluindo: “Acredito que nós temos um projeto muito robusto. A participação governamental do que vai acontecer nos próximos cinco anos dá cerca de R$ 70 bilhões de participação governamental geral”.
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