Fernando Mansur - colunistaSABRINA NICOLAZZI

William Judge, um dos fundadores da Sociedade Teosófica, adquiriu uma ideia bem clara sobre o valor das discussões. Ele escreveu em um artigo:
“Eu não gosto de discussões. Elas conduzem a labirintos intermináveis e não convencem ninguém. Pois a convicção deve vir da consciência interior absorvendo uma verdade. Se você supera um ‘adversário’ na discussão, não o convence de nenhum fato –
exceto que você está mais bem posicionado do seu lado do assunto do que ele do lado dele, e o deixa sem intenção de adotar suas teorias, mas de estudar para fortalecer as ideias dele, a fim de que possa melhor combater as suas.
Se você tiver uma verdade, e se o solo em que deseja plantar sua semente estiver pronto, ele a receberá. Do contrário, é inútil discutir o assunto, criando assim vibrações de força antagônica prejudicial a você e aos outros.
A controvérsia pertence principalmente ao plano intelectual e raramente é travada para a pura elevação espiritual da humanidade.
Quando chegarmos a uma concepção mais elevada do amor fraternal, não haverá discussão, pois se um irmão não pode perceber uma verdade quando sua evidência é declarada, então ele não está pronto. As sementes nunca são batidas no solo intacto, mas semeadas no terreno arado.”
Vivemos uma época de discussões acirradas, cujos resultados parecem comprovar o que Judge escreveu acima há mais de cem anos. Que tenhamos a serenidade para ouvir a sabedoria dos sábios, tão raros nos tempos atuais. Eles sabem como e quando agir e tentam nos ensinar isso há milênios. Ainda não aprendemos. Mas podemos. Vamos!