Para conseguirmos sair – um pouco que seja, desse turbilhão de energias desequilibrantes, como a correnteza de um rio revolto – precisamos nos recolher até sua margem e imaginar um túnel de luz restauradora, onde possamos nos banhar e recuperar o que resta de nossa resistente sanidade
O fogo está pegando o mundo e as águas estão rolando. Registros hindus sobre o tempo assinalam que esta é a chamada Kali Yuga, a Idade de Ferro, a mais densa de todas, e que ainda vai demorar um pouco para terminar.
Enquanto isso, o karma passado vai se desdobrando e produzindo atritos e avanços. O caos é aparente, porque tudo é supervisionado por Hierarquias Superiores. O materialismo está prestes a atingir seu auge.
A conexão entre tudo e todos – e isso é hoje mais claro do que nunca – produz resultados rapidíssimos. E o karma também se precipita, exigindo discernimento mental e força espiritual. Os sábios indígenas devem ter seu conhecimento sobre a era em que vivemos e os efeitos que colheremos pelo que já semeamos.
Para conseguirmos sair – um pouco que seja, desse turbilhão de energias desequilibrantes, como a correnteza de um rio revolto – precisamos nos recolher até sua margem e imaginar um túnel de luz restauradora, onde possamos nos banhar e recuperar o que resta de nossa resistente sanidade. É ela que pode nos manter seguros em meio à devastação ético-moral que assola o planeta.
Esta luz nos faz recobrar os sentidos e a memória de nossa verdadeira origem e real propósito. Aqueles que se conectarem com ela diariamente terão forças para encontrar uma saída: voltam para o mundo, conscientes de que não são do mundo.
Sentem o alento da Sabedoria pulsando em seus corações, empurrando-os do egoísmo para o altruísmo. Este é o maior desafio destes tempos. Se nos dispusermos a enfrentá-lo, certamente seremos ajudados. Podemos. Vamos!
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