Fernando Mansur - colunistaSABRINA NICOLAZZI

A vida é longa, embora às vezes possa ser interrompida bruscamente. Qual o motivo dessa interrupção?
A civilização ocidental foi educada a temer a morte, a evitar qualquer questionamento sobre ela e sobre o que possa vir depois. Esse desconhecimento é menor em povos cuja base espiritual é diferente e onde desde criança se aprende sobre carma, reencarnação, estados pós-morte, etc.
De onde vem esse nosso receio em buscar saber? Parafraseando Jung em uma de suas palestras, ao falar do Espírito/Atman imortal de onde o ego individual emergiu:
“Familiar e estranho ao mesmo tempo, ele reconhece e também não reconhece esse irmão desconhecido que se aproxima, intangível, mas real. Aqui precisamos nos orientar com Paracelso em uma questão que nunca antes foi abertamente levantada em nossa cultura, em parte por mera inconsciência, em parte por temor sagrado.”
A crença em um deus antropomórfico pode não se sustentar, entretanto, ninguém em sã consciência pode duvidar da existência de uma Força Onipotente que rege o Universo.
Em A Doutrina Secreta, Helena Blavatsky enumera Três Proposições Fundamentais, as quais, resumidamente, são:
1) a existência de um Princípio Onipresente, incognoscível, eterno e imutável; 2) a eternidade do universo, em ciclos de atividade e inatividade; e 3) a identidade de todas as almas com a alma universal, passando por um ciclo de encarnações.
“Deus não joga dados”, concluiu o cientista Einstein, ao perceber que deve existir um propósito para a manifestação; e Leis que a regem, com seus Guardiões, membros de uma Grande Hierarquia que dirige a evolução da Humanidade e de tudo que vive.
Atenção ao momento presente, porque nossa noite é o resultado do dia.