Fernando Mansur - colunistaSABRINA NICOLAZZI

Força e Honra. Você que viu o filme deve se lembrar. Palavras poderosas, mantras pronunciados por guerreiros valorosos antes do fragor de uma batalha por um ideal superior.
Entretanto, na calada das noites viciosas de um imperador corrupto, trama-se a destruição desse ideal sonhado por almas nobres.
Tudo parecia conspirar para a vitória da iniquidade. Contudo, eis que surgem lampejos de uma aurora esperançosa. Alguns se oferecem em sacrifício em prol da liberdade, cientes de que somos pó e poeira, carcaças que um dia voltarão às traças.
A luz do elevado ideal, porém, guia aqueles que confiam na Força e Honra da Verdade, e, como de súbito, como por milagre, o que eram cinzas renascem, resplandecendo a glória nos olhos do líder ensanguentado.
O menino-herdeiro de um sonho o olha com espanto, admiração, incredulidade. A mãe, possessa de virtudes, heroína silenciosa, vibra interiormente pelo irmão sanguinário tombado e vê a vitória estampada no olhar numinoso de Maximus, que está prestes a finalmente rever a esposa e o filho “mortos” pela ignomínia. Mas dia virá em que a dignidade suplantará as sombras. Não é possível ocultar as sombras, nem as pessoais, nem as coletivas. Elas precisam ser vistas, acolhidas, entendidas, superadas, para que não retornem como lobos famintos para devorar a nossa imprevidência.
Não se foge do destino. Todos têm direito à vida. E todos responderemos pelo que estamos fazendo dela.
Não há escuridão que resista à luz. A luz é mansa e silenciosa, avança insidiosa como uma serpente deslizante, sem ruídos, sem estardalhaço. Raios de luz juntos produzem uma união inquebrável, mantêm intacto o elo da esperança. Seus fios correm por nossas veias, estão lá, esperando serem acesos.
Brilhemos. Podemos. Vamos!
E que o Brasil valha a vida de seus homens (e mulheres) bons!