Para nós, espíritas e praticantes das religiões de matriz africana, Deus não tem uma religião específica no sentido humano de dogmas, rituais ou instituições. Para nós, Deus é a Inteligência Suprema e Causa Primária de todas as coisas.
Deus é considerado eterno, imutável, imaterial, onipotente, onisciente, onipresente, soberanamente justo e bom. A natureza íntima de Deus é inatingível para o ser humano em seu atual estágio de evolução. No entanto, por meio da razão e da observação das leis do universo, é possível compreender seus atributos essenciais.
Deus é o criador do universo e de tudo que nele existe, incluindo os espíritos. Ele governa o universo através de leis imutáveis e perfeitas. Nós compreendemos que a religião, em sua essência, é o sentimento de ligação do indivíduo com Deus e a espiritualidade, indo além de formalidades e rituais. Deus é a fonte de toda a vida e inteligência, e a verdadeira religião está no amor, na caridade e na busca pelo progresso moral, em sintonia com as leis divinas.
Por isso, não existe uma "melhor religião". A escolha de uma religião é algo profundamente pessoal e subjetivo, que depende das crenças individuais, dos valores, das experiências de vida e da forma como cada um se conecta com o divino e com o propósito da existência.
As diversas religiões oferecem caminhos diferentes para a espiritualidade, a moralidade e a compreensão do universo. Cada uma possui suas próprias doutrinas, rituais, tradições e filosofias que ressoam de maneiras distintas com diferentes pessoas.
O que faz uma religião ser "boa" para alguém é a capacidade dela de proporcionar paz interior, propósito, um senso de comunidade e um guia moral que faça sentido para a vida daquela pessoa. Isso varia de indivíduo para indivíduo.
Muitas religiões compartilham princípios éticos e morais universais, como a importância do amor ao próximo, da compaixão, da justiça, da caridade e do respeito. O que importa, muitas vezes, não é a etiqueta religiosa, mas a prática desses valores no dia a dia. A jornada espiritual é contínua e individual. O que serve para uma pessoa em um momento da vida pode não servir em outro, e o que é significativo para uma pessoa pode não ser para outra.
Em vez de procurar a "melhor" religião, talvez seja mais útil considerar o que ressoa dentro de nós? Quais ensinamentos e filosofias fazem sentido para sua visão de mundo? Quais valores são importantes para cada um de nós? A religião que praticamos considera esses valores? Como ela te ajuda a ser uma pessoa melhor?
Ela inspira a prática da bondade, da tolerância e da compaixão? Você se sente acolhido e compreendido? A comunidade religiosa ou espiritual te oferece suporte e um senso de pertencimento?
No fim das contas, a "melhor" religião é aquela que te ajuda a viver de forma mais plena, ética e conectada com seus próprios valores e com o sentido maior da vida.
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