Bela Campos: primeira novela como protagonista, mas ainda longe de encenar simpatia? Entre o brilho das câmeras e o gelo dos bastidoresReprodução Internet
E convenhamos: simpatia nunca fez mal a ninguém. Muito pelo contrário. Quanto mais você sorri, mais portas se abrem. Diz até a sabedoria bíblica que “o coração alegre formoseia o rosto”. Não é filosofia barata; é vida prática. Quantas artistas que a gente já viu serem taxadas de arrogantes acabaram esquecidas pelo público? A lista é longa. Porque talento emociona, mas carisma eterniza.
E não venham os defensores dizer que era “momento de descanso”, que ela estava “concentrada” ou “olhando o celular”. Curioso que todo o grupo ao redor estava no mesmo clima. A diferença é que o líder sempre puxa a fila. Se o líder é simpático, a equipe se torna simpática. Se o líder é frio, o ambiente todo esfria. É assim que funciona — e meus 26 anos de jornalismo, de aprendizado diário com artistas, confirmam essa regra sem exceção.
Então fica a pergunta: vale a pena ser assim? Até quando veremos uma Bela Campos que é bela, mas não belíssima? Poderia brilhar em dobro, mas parece escolher o caminho do gelo — uma escolha que, no curto prazo, pode até sustentar manchetes, mas a longo prazo pode custar justamente aquilo que sustenta a memória do artista: o afeto do público.

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