Arte coluna Bispo Abner 15 novembro 2025Arte Paulo Márcio

Há momentos em que subestimamos o poder de um simples sorriso. Vivemos tão imersos nas demandas diárias, tão habituados à rotina, que esquecemos que o riso não é apenas uma reação espontânea: ele é um instrumento divino de restauração.
A Bíblia, em sua sabedoria poética, revela que o coração tem o poder de alterar o rosto. O que acontece dentro de nós transborda para fora. E quando isso transborda em alegria, até o semblante muda.
A ciência confirma aquilo que a Escritura já ensinava há milênios. Rir ativa a liberação de endorfinas, relaxa tensões, diminui o estresse, fortalece o sistema imunológico e renova a sensação de bem-estar.
É como se Deus tivesse colocado um botão interno de alívio emocional, e nós o deixássemos esquecido na parede. A verdade é que rimos menos do que deveríamos. Rimos pouco porque estamos sérios demais, ocupados demais, tensos demais, conectados demais ao que pesa e desconectados do que eleva.
Passamos pelo trajeto para o trabalho no piloto automático. Sentamos no escritório com o rosto fechado. Caminhamos pelas ruas como se carregar leveza fosse um desperdício. Mas rir também é disciplina. Leveza também é escolha. Alegria também é decisão cotidiana.
É preciso dar permissão a si mesmo para ser leve. Dar ao coração o direito de respirar. Abrir espaço para o sorriso como quem abre espaço para a luz entrar.
E isso envolve gente. Pessoas são ambientes ambulantes. Algumas iluminam; outras drenam. Pessoas bem-humoradas, coração aberto, presença leve, essas constroem. Influenciam para cima. Convidam a alma a respirar.
Ao contrário, quem carrega amargura, rancor, queixas e sombra, inevitavelmente espalha isso a quem se aproxima. E sem perceber, vamos sendo moldados pelo humor de quem nos cerca.
Por isso, buscar companhia saudável também é ato de sabedoria. Rir ao lado dos que têm luz não é fuga, é prevenção. É cuidado com a alma, é higiene emocional. Assim como cuidamos da alimentação ou do corpo, também precisamos cuidar daquilo que alimenta o espírito.
A arte de ser feliz exige prática. Exige intenção. É um exercício constante de perceber beleza no ordinário, de encontrar graça no simples, de permitir-se rir até do que deu errado.
Que hoje você escolha respirar diferente. Que encontre razões para sorrir e quando não encontrar, que permita que Deus as crie dentro de você. Rir é um presente. Um remédio. Um caminho. Uma sabedoria.
Pense nisso. E pratique. Todos os dias.
Oração Final:
Senhor, dá-nos um coração leve, um espírito renovado e a graça de enxergar beleza nas pequenas coisas. Em nome de Jesus, Amém.