Por Leandro Mazzini

Rio - O apagão nos estados do Norte e Nordeste esbarra na possível falha na construção das linhas de transmissão da Usina de Belo Monte, no Pará, para o Nordeste e Sudeste. A obra de R$ 5 bilhões e 2,1 mil km foi realizada pela chinesa State Grid Brazil Holding e, há semanas, funcionários do sistema vêm constatando pequenas interrupções. Fontes do setor elétrico indicam que um teste na linha pode ter ocasionado a queda, incluindo uma falha no relé - um pequeno dispositivo eletromecânico. Antes do início da obra, como revelou a Coluna em 2016, a State pressionou a então presidente Dilma Rousseff a liberar entrada de 5 mil operários chineses para a obra. Ela não topou.

Precedente

No sábado, dia 16, o sistema já acusara uma oscilação às 1h40 na região Sudeste. Mas houve apagão porque a carga de uso nas cidades estava leve.

Revoada

Insatisfeitos no PSDB controlado por Aécio, deputados 'cabeças-pretas', devem sair do partido. Na fila estão Mariana Carvalho (RO), Daniel Coelho (PE) e Pedro Cunha (PB).

Escanteado

O PDT do Rio entrou numa guerra particular. Brizola Neto, ex-ministro e ex-deputado, deixou a legenda e se aliou à família Garotinho. Num grupo de WhatsApp, a irmã de Neto, Juliana Brizola, disse que tentou demovê-lo da ideia, mas o partido queria a sua aposentadoria precoce. Neto não teve escolha e entrou no PROS.

Que feio!

Responsável pela viabilização do Fórum Mundial da Água, ainda na sua gestão, a ex-ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira não foi convidada pelo ministro Zequinha ou pelo Governo do DF para prestigiar o evento.

Referência

Izabella palestrou num painel do Fórum a convite do ministro Herman Benjamin, do STJ. Servidora de carreira do Ministério, Izabella tornou-se consultora internacional e tem viajado a países, a convite de entidades e universidades, para palestras.

Alerta

Desde 2015, o Tribunal de Contas da União reforça recomendações para a fiscalização sobre o planejamento sistêmico do setor elétrico e avaliação constante na efetividade das ações governamentais de cumprimento de metas para o setor.

Tão perto

Maia assumiu o papel de principal interlocutor do Congresso com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e o secretário-executivo da pasta, Eduardo Guardia, em busca de recursos para bancar o aparato da intervenção.

Discurso x Ação

As críticas às agências reguladoras foram desferidas por Maia em eventos recentes. Mas há distância entre discurso e ação. A Câmara Federal por ele presidida toca com lentidão o PL 6621/16, aprovado no Senado, que aprimora a governança das agências ao barrar apadrinhamentos políticos. A comissão especial aguarda instalação há 7 meses.

Proteção da rede

No relatório sistêmico de fiscalização de energia (FiscEnergia), o TCU verificou que entre as razões para os apagões encontram-se: falta de investimentos em estrutura e tecnologia, insuficiência de manutenção e de substituição de equipamentos ultrapassados, falhas humanas, além da ausência de sistemas de proteção da rede.

Veneno na cabeça

O clima anda tenso nas fazendas vizinhas ao complexo de propriedades do banqueiro Daniel Dantas no Pará. No fim de semana, aviões despejaram veneno sobre integrantes do MST que ocupam as terras desde novembro, segundo relatam testemunhas.

Visita básica

O corregedor-geral do MPF, Oswaldo José Barbosa, coordenou até ontem a "correição ordinária" na Procuradoria da República em Goiás e nas Procuradorias da República nos Municípios em Anápolis, Itumbiara, Luziânia e Rio Verde. Vem relatório brabo aí.

Calendário Maia
Presidente da Câmara, Rodrigo Maia
Presidente da Câmara, Rodrigo MaiaFábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
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Pré-candidato à Presidência, Rodrigo Maia (DEM-RJ) elegeu dois temas para tentar atrair holofotes e alavancar sua por ora tímida candidatura: a intervenção na segurança do Rio de Janeiro e críticas às indicações políticas de diretores das agências reguladoras.
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