O presidente do Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco), Cláudio Damasceno, classifica como mirabolantes e eleitoreiras as propostas dos presidenciáveis para a atualização da tabela do Imposto de Renda. O dirigente lembra que, desde 2011, a entidade vem alertando para a necessidade de correção dos valores, mas não nos patamares defendidos pelos presidenciáveis Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT). Estudos da entidade apontam para uma defasagem de 88,4% na tabela do IR. Por este critério, a faixa de isentos passaria dos atuais R$ 1.903,98 para R$ 3.556,56.
Contas públicas
Portanto, menos do que a faixa de isenção de R$ 5 mil que vem sendo vendida pelos candidatos. Cláudio Damasceno alerta que esse patamar poderia comprometer ainda mais as contas públicas.
Eles justificam . . .
Bolsonaro tem admitido que a medida geraria uma perda de arrecadação, mas daria "gás" às empresas. Já Haddad sustenta que "os muito ricos não pagam absolutamente nada; pagam uma proporção muito pequena da sua renda".
Oposição
Diante da iminente derrota nas urnas, deputados e senadores petistas contrariam a orientação do comando do partido e já admitem que as bancadas na Câmara e no Senado devem começar a traçar a estratégia de oposição ao governo de Jair Bolsonaro (PSL).
Mea culpa
Parlamentares ouvidos pela Coluna ao longo da semana apontam que a campanha petista não se preparou adequadamente para enfrentar Bolsonaro nas redes sociais. Preveem que será uma oposição "árdua", já que o Congresso a partir de 2019, principalmente a Câmara, terá maioria alinhada ao Planalto.
MP x WhatsApp
O embate entre o Ministério Público e o WhatsApp é antigo e tende a se agravar após as eleições. Há exatos dois anos, procuradores de todo o país defenderam o bloqueio e até mesmo a extinção do aplicativo no Brasil.
Marco Civil
Em dezenas de processos que tramitam na Justiça, o MP acusa o WhatsApp de não apresentar dados solicitados para auxílio nas investigações. Em tempo: o Marco Civil da Internet obriga os provedores de aplicações de internet a manter registro de atividades dos usuários por pelo menos seis meses e entregar os dados para a Justiça quando solicitado.
Abin & Forças Armadas
A Comissão de Controle de Atividades de Inteligência do Congresso Nacional quer turbinar o orçamento de 2019 para a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e Forças Armadas.
Caráter sigiloso
Deputados e senadores do colegiado aprovaram quatro emendas que preveem R$ 80 milhões para a Abin; R$ 70 milhões para o Comando do Exército, para implantação de sistema de defesa cibernético; e as outras duas para ações de caráter sigiloso da Marinha (R$ 5 milhões) e da Aeronáutica (R$ 20 milhões).
Na mira
Mais uma pasta entra na mira de extinção do eventual governo de Jair Bolsonaro (PSL). Assim como a Cultura, o Ministério dos Direitos Humanos deve ser transformado em secretaria.
Conselho
A pasta abriga o Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) que, ontem, se manifestou contra o "clima de violência que tem desencadeado práticas de agressão e ameaças a grupos minoritários, como mulheres, população LGBTI, negros, povos indígenas, quilombolas e nordestinos".
Escolas
No encontro, o governador Pezão também irá anunciar as 62 novas escolas que passarão a ter ensino em tempo integral profissionalizante, já com matrículas que serão abertas ao final de outubro.