Brasília - O senador Magno Malta (PR-ES) recusou o ministério do Desenvolvimento Social. Os bastidores do que aconteceu, segundo fonte da transição do governo: dois dias após a eleição, Malta telefonou para o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), e o surpreendeu com o pedido de ser ministro da Defesa ou embaixador em Israel.
Bolsonaro respondeu com duas perguntas: "Você fala inglês? Tem quatro estrelas no ombro?". Malta não tocou mais no assunto. E Bolsonaro, que sempre o viu como o aliado certo para as causas sociais, não entendeu a demanda.
Voldemort
A turma da transição não tem dúvidas de que, por trás do pedido de Malta, está Valdemar da Costa Neto, dono do PR, que vai perder a Infraero e os Transportes.
Vaga
Na saída honrosa de Bolsonaro para Malta - que foi cogitado até como vice na chapa - avalia-se uma direção de entidade do Sistema S.
Do peito
Embora parte pequena do MDB seja atendida no ministério do Desenvolvimento Social, a indicação de Osmar Terra é da cota pessoal de Bolsonaro, de quem é amigo.
Confusão
O ministério das Relações Exteriores cancelou o debate 'O Movimento Comunista Internacional e seus impactos no Brasil', que seria em seu auditório ontem. Um jornal publicou reportagem sobre cartilha produzida por um professor de História do Rio de Janeiro, com o patrocínio parcial do Itamaraty, que chama Bolsonaro de homofóbico. Resultado: todos os eventos com conteúdo "polêmico ou sensível" foram cancelados.
Pé na porta
O deputado federal Pr. Marco Feliciano (Pode-SP) quer ser ministro dos Direitos Humanos de qualquer maneira. Chegou ao Gabinete de Transição ontem no CCBB sem agenda e pediu reunião com o presidente Bolsonaro. Foi atendido, mas sem pompas. Articula apoio da bancada evangélica para seu nome ou indicado seu. Parte da bancada está 'queimando' a indicada Damares Alves.
Mistério de Bacabal
O assalto é assunto da polícia. Mas autoridades se perguntam: Por que uma agência bancária de uma pequena cidade no meio do Maranhão tinha R$ 100 milhões no cofre?
Que vergonha...
A Polícia Federal em Brasília conduziu o advogado Cristiano Acioli para depoimento por ordem do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal. No voo 1446 (Congonhas-Brasília), com avião ainda no pátio, em São Paulo, o advogado - na mesma fileira que o ministro - chamou o STF de 'vergonha'. Visivelmente irritado, Lewandowski alertou: "Você quer ser preso?", e pediu o comissário para chamar a PF.
..Sr ministro
Um agente da PF entrou no avião e conversou com o advogado, que se comprometeu a não se dirigir mais ao ministro durante o voo. Segundo Acioli, ele foi intimidado pelo agente com a justificativa de que o avião não era lugar para se manifestar. O advogado, que é procurador da República, reforçou que tem direito a liberdade de expressão. Fato.
Confira
O vídeo gravado pelo advogado foi publicado em primeira mão pela Coluna em nosso Twitter e no Facebook.
Hein!?
Causa curiosidade nos pares a pressa dos senadores Ana Amélia (PP-RS) e Ricardo Ferraço (PSDB-ES), autora e relator, respectivamente, do PLS 284/17. O projeto autoriza o Fisco a fechar empresas devedoras de tributos. A audiência é hoje numa comissão do Senado. Ana Amélia e Ferraço estão sem mandatos em 2019.
Pergunta...
...Como fica o seu Zé da mercearia da esquina que, diante da alta carga tributária, não conseguiu pagar em dia seus impostos, e depende do comércio aberto para sobreviver?
Resposta
A assessoria de Hamilton Dias de Souza, o advogado da Plural (pool de distribuidoras de combustíveis) que defende o PLS no Senado, informa que ele "não participou de esquema junto ao CARF e, por isso, a denúncia contra ele deverá ser sumariamente rejeitada pela Justiça". Ele foi denunciado na operação há dias.
Esplanadeira
A PUC-Rio e a Lojas Americanas realizam a 1ª maratona de negócios para estimular os alunos a pensarem em soluções com base em questões reais da empresa.
Leandro Bellini, secretário de Cultura da Fundação Cesgranrio, recebeu homenagens de amigos e artistas pelo seu aniversário.
O DIA vai promover dia 14 o 'Seminário Legados para o Brasil', com palestras do presidente da Petrobras, Ivan Monteiro, e do ministro Moreira Franco.