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Brasília - Senadores da ala anti-Renan vão apresentar várias questões de ordem para tentar abrir o voto durante a sessão desta sexta-feira que vai eleger o novo presidente do Senado. Já os aliados do senador de Alagoas, que tenta presidir o Senado pela quinta vez, vão revidar com recursos baseados no artigo 60 do Regimento Interno que estabelece que a eleição para o comando da Casa deve ser secreta.

Os senadores Lasier Martins (PSD-RS) e Espiridião Amin (PP-SC) concluíram ontem os textos das questões de ordem que serão anunciadas na abertura da sessão. "Será tenso", prevê Lasier à Coluna.

Batalha

Já o senador Eduardo Girão (Pros-CE) peregrinou pelos gabinetes nos últimos três dias e diz ter confirmado o apoio de 41 senadores pela votação aberta. A expectativa é de que, em virtude da batalha de questões de ordem e recursos, a sessão seja longa e entre pela madrugada.

PT e Renan

Na frente de apoio à Renan Calheiros, o PT irá defender o voto secreto. Senadores da legenda alegam, nos bastidores, que o alagoano é o "único entre os candidatos que tem perfil para agir com independência em relação ao governo Bolsonaro".

Tropa

A tropa de Renan vai articular durante todo o dia para que a votação seja realizada em apenas um turno e de forma secreta. Nesse cenário, o alagoano terá entre 47 e 48 votos - calculam aliados.

Etanol

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu caminhões com etanol que saíram de uma usina paulista - controlada por uma multinacional - com destino a uma usina em Campos de Goytacazes (RJ), recentemente acusada pelas grandes distribuidoras de combustíveis por ser responsável pela comercialização de etanol adulterado.

Fraude

A usina localizada no Norte Fluminense está comprando etanol em São Paulo, ao invés de produzi-lo, e comercializando o produto direto para uma distribuidora do mesmo grupo, em Duque de Caxias (RJ). Fraudando assim a origem do produto.

ICMS

A manobra é feita para garantir o uso do incentivo fiscal concedido pelo ex-governador do Rio Sérgio Cabral que reduziu o ICMS de 32% para 2% para o etanol produzido pela usina. O que possibilita a comercialização de milhões de litros de etanol sem o pagamento de imposto.

Floresta

A ruptura da barragem de Brumadinho resultou na perda de 125 hectares de florestas, o equivalente a mais de um milhão de metros quadrados ou 125 campos de futebol. O impacto na cobertura ambiental foi mensurado pela pelo WWF-Brasil com base em imagens de satélite e mapas anteriores à tragédia.

Regulamentação

Mauricio Voivodic, diretor do WWF-Brasil, afirma que o setor de mineração precisa pesquisar e investir em processos de menor impacto e risco, como nos processos secos: "Essas mudanças urgentes devem ser impulsionadas por fortes regulamentações ambientais".

LAI

A Transparência Brasil defende a revogação do decreto do governo Bolsonaro que alterou a regulamentação da Lei de Acesso à Informação (LAI) e ampliou o número de agentes públicos que podem categorizar informações públicas como sigilosas. Entidade pediu à CGU que a polêmica seja discutida na próxima reunião do Conselho de Transparência Pública e Combate à Corrupção (CTPCC).

Líder

Novo líder da bancada do Psol na Câmara dos Deputados, deputado Ivan Valente (SP) afirma que a luta do partido será "contra privatizações, a homofobia, a violência contra a mulher e o racismo".

Esplanadeira

A Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) diz ser "totalmente inverídica" a informação, difundida por redes sociais e aplicativos de mensagens, sobre a ocorrência de ataque terrorista contra a barragem de Brumadinho/MG. Afirma que não recebeu qualquer relato sobre prisões de venezuelano e cubano na região.

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