Primeiro local a ser alvo de buscas no caso João de Deus foi a Casa de Dom Inacio de Loyola, em Abadiânia (GO) - AFP
Primeiro local a ser alvo de buscas no caso João de Deus foi a Casa de Dom Inacio de Loyola, em Abadiânia (GO)AFP
Por Leandro Mazzini

Brasília - A pequena Abadiânia, de 19 mil habitantes em Goiás, vive dias de agonia após a prisão do médium João de Deus, cuja Casa Dom Ignácio de Loyola, que comandava em sessões de cura espiritual, movimentava mais da metade do PIB do município. A Prefeitura renova este mês o cadastro das 69 pousadas – e estimativas de fontes apontam para fechamento de mais de 50 delas. Números extraoficiais indicam 1.500 os desempregados do comércio e hospedarias após a debandada de fiéis e turistas. Na rua que dá acesso ao centro espírita, apenas uma revenda de açaí e uma cafeteria (à venda) sobrevivem. As informações são apurações da Coluna junto a moradores e Prefeitura.

Sem paradas

Para piorar, a concessionária Triunfo, que administra a BR-060 (Brasília-Goiás) que corta a cidade, estuda o ‘rebaixamento de nível’ da pista no perímetro urbano. 

Sem perda$

A concessionária é obrigada a cuidar de varrição, calçamento e asfalto do perímetro urbano, coisa de R$ 100 mil/mês que seriam economizados com o ‘rebaixamento’. Não conseguimos contato com a Triunfo.

Acusação

João de Deus é acusado pelo Ministério Público de assediar sexualmente, nas últimas décadas, mais de 300 mulheres que frequentaram a Casa Dom Ignácio de Loyola. 

Alguns turistas ainda visitam Abadiânia, cientes do escândalo – para eles, é o lugar com cristais subterrâneos, e não só o médium, quem energiza as pessoas em suas orações.

Cabo de guerra

Após derrotar o Governo na Comissão de Constituição e Justiça, líderes da oposição e do Centrão (PP, PSD, PRB, PR e Solidariedade) estão certos de que conseguirão alterar um dos pontos mais polêmicos da reforma da Previdência: a desconstitucionalização das questões previdenciárias.

O presidente Jair Bolsonaro - Eduardo Carmim/Parceiro/Agência O Dia

Menos votos

O texto da proposta enviado pelo presidente Jair Bolsonaro ao Congresso autoriza futuras mudanças nas regras de aposentadoria por meio de projetos de lei que têm tramitação mais célere e exigem menos votos que uma PEC para serem aprovados.

Sobre a mesa

O relator na CCJ, deputado Marcelo Freitas (PSL), e o secretário da Previdência, Rogério Marinho, definem os pontos que poderão ser modificados para a reforma passar na CCJ, mas descartam ceder sobre a deconstitucionalização.

Zona de conflito

Em meio à tentativa de consolidar a base na Câmara, o Governo tenta estancar o racha na bancada do PSL – partido do presidente Jair Bolsonaro – catalisado pelas recentes derrotas na Comissão de Constituição e Justiça. Na linha da frente da zona de conflito estão os dois líderes, Major Vitor Hugo (Governo) e Delegado Waldir (bancada).

Afagos & pontapés

Em público, ambos conotam sintonia, mas nos bastidores verbalizam divergências. Os deputados, de Goiás, já se estranharam quando chegou ao Congresso o polêmico texto que prevê a reestruturação das carreiras das Forças Armadas. No Planalto, Waldir é visto como líder “arredio”, enquanto Victor Hugo é taxado de “fiel”.

Baixas ambientais 

Além da demissão, a pedido, do agora ex-presidente Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Adalberto Eberhard, outro órgão vinculado ao Ministério do Meio Ambiente sofreu baixa. Foi exonerado Luiz Eduardo Leal Castro Nunes, diretor de Planejamento, Administração e Logística do Ibama.

Sinal ‘verde’

Leal fora nomeado para o cargo ano passado pelo ex-presidente Michel Temer. Na Câmara, o deputado Camilo Capiberibe (PSB-AC) quer levar o ministro Ricardo Salles à Comissão de Meio Ambiente para explicar a polêmica em torno das demissões. 

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