Juan Guaidó esteve em Brasília, no fim de fevereiro - Osvaldo Lima/Parceiro/Agência O Dia
Juan Guaidó esteve em Brasília, no fim de fevereiroOsvaldo Lima/Parceiro/Agência O Dia
Por Leandro Mazzini

Brasília - O presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, teve um 'erro de cálculo' e se equivocou no 'timing' para anunciar o apoio dos militares, dizem fontes da coluna ligadas ao político. "Ele se sentiu mais respaldado do que, de fato, estava", diz um amigo. Fato é que houve, nas últimas semanas, movimentos do Comando Militar do Sul dos Estados Unidos no Caribe. E isso animou Guaidó. O caso explica a cautela das autoridades militares e do Itamaraty do Brasil, embora reforcem seu apoio.

Cenário

Resultado de ontem: povo nas ruas, confusão geral, país parado, o presidente-ditador Nicolás Maduro escondido. O presidente da Rússia, Vladmir Putin, reforçou apoio.

Acorda, gente

Aos desinformados - ou mal intencionados que defendem Maduro —, vale ressaltar que fere os direitos humanos ao criar e financiar milícia urbana e prender críticos.

Um santo...

A milícia arrebenta estudantes e mata inocentes - censura e prende jornalistas. Mas ele venceu nas urnas? Sim. Antes, mandou prender, sem motivos, seus opositores.

Saída honrosa

O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro, voltou à corda bamba após a operação da Polícia Federal, batizada de Sufrágio Ostentação, que apreendeu documentos na sede do PSL de Minas sobre suposto esquema de desvio de recursos eleitorais e candidatas 'laranjas' para cumprir cota do TSE.

Laranjal

Parlamentares do próprio PSL e integrantes do núcleo-duro do governo Jair Bolsonaro avaliam, em conversas reservadas, que um pedido de demissão do ministro representaria uma 'saída honrosa' da pasta. Além de Minas Gerais, as investigações da PF e do MP no Rio Grande do Sul também estão avançadas.

Aliado inesperado

Visto pela equipe palaciana como o principal responsável pelo acordo que destravou a votação da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tem atuado para conter as investidas da oposição e evitado colocar em votação matérias que possam desencadear derrotas do governo.

Blindagem

Recentemente, Maia anulou a convocação do ministro da Justiça e Segurança, Sérgio Moro, para prestar esclarecimentos na Comissão de Legislação Participativa. O presidente da Câmara também não tem dado a mínima para as dezenas de projetos legislativos que tentam derrubar decretos do governo Bolsonaro.

Descontrole

O Ministério da Educação não tem dados atualizados desde 2017 sobre o maior filão sob seu comando: quantas novas faculdades e cursos foram autorizados. E são centenas.

Delegado x Major

As críticas abertas do Delegado Waldir, líder do PSL na Câmara, ao líder do governo e colega de partido, Major Vitor Hugo, enfraqueceram o nome do primeiro junto ao presidente Bolsonaro. O Delegado corre risco de cair. Deputados colhem assinaturas para eleição para o cargo, e não aclamação, como feito no caso do deputado Waldir.

Insatisfação

A 'gota d'água' para a insatisfação generalizada com Delegado Waldir foi a escolha dos membros da comissão especial para a PEC da Reforma da Previdência. "Colocou parte do seu grupo, gente que nem a favor da reforma é", criticou um parlamentar.

Saúde pública

O senador Jorge Kajuru (PSB-GO), cuja entrevista à e-webtv da coluna será veiculada amanhã, conta que já tem 268 Projetos de Lei de sua autoria prontos para apresentar. O principal, já tramitando, é a central de tratamentos de diabetes em cada Estado.

Serviço social

Segundo conta o senador, a primeira-dama do país, Michele Bolsonaro, garantiu que o presidente Bolsonaro vai sancionar a lei assim que o Congresso aprovar. Em Goiânia, um centro similar, ideia sua, atende mil pessoas por dia.

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