Por Leandro Mazzini

A oito dias do fim do mandato de dois diretores da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o clima esquentou na pista de interesses políticos e empresariais. Uma notícia-crime foi protocolada na Procuradoria-Geral da República e na Polícia Federal pelo escritório Borges & Vieira Advogados contra o diretor Davi Barreto. Recentemente, a agência autorizou mudanças na regulamentação do transporte coletivo. O jogo no mercado é de mão dupla. Há quem aponte favorecimento à Buser - considerada a Uber dos ônibus - e há quem indique insatisfação das grandes empresas de transporte coletivo com novas regras que facilitam a concorrência. Fato é que o camburão da PF já ronda a ANTT por causa de outros diretores.

Dossiê

A PF e o Ministério Público ainda se debruçam sobre um dossiê de 3 mil páginas que já endossou operações da PF contra diretores da ANTT. Em abril, a Operação Infinita Highway cercou o diretor Mário Rodrigues, ligado a Valdemar Costa Neto.

Puleiro sobre rodas

Enquanto diretores se estranham na ANTT, a bagunça rola solta nas estradas. No sábado, leitor da Coluna flagrou o caminhão placa JDI 2453, próximo a Vitória da Conquista (BA), com uns 30 'passageiros' na carroceria. Há pelo menos dois postos (um da PRF e outro da PM no trecho em questão).

$ no vermelho

O sistema S está sentindo já o efeito da faca do Governo nos repasses. Sebrae e SESI têm fechado mega estruturas de clubes-hotéis em cidades do interior.

Major x 'Mamãe'

A filiação do deputado estadual por São Paulo Artur Moledo (conhecido como Artur Mamãe Falei) abriu batalha no Patriota paulista. Pré-candidato à Prefeitura da capital, o deputado Major Adriano Costa Silva distribuiu pelas redes sociais um banner de enquete: Quem você quer candidato à prefeitura? E incluiu a foto dele ao lado de Artur, que até ano passado era um conhecido youtuber.

Língua afiada

Artur Mamãe Falei, eleito na onda de votos de protestos de 2018, foi quem causou um quebra pau no plenário da ALESP meses atrás após provocar funcionários que, segundo ele, ganham muito bem e não querem a reforma administrativa do Governo Federal.

Te cuida, ministro

De todo lado vem resposta dura contra o ministro da Economia, Paulo Guedes, que chamou funcionários públicos de parasitas. A Federação Nacional dos Policiais Federais contesta veemente. "As afirmações (..) consagram um discurso perigoso e generalizante, que em nada contribui para o fortalecimento de uma nação e sua economia". A nota lembra que "os trabalhos na Operação Lava Jato têm demonstrado a nossa força e a nossa coragem de enfrentar o poder atrelado à corrupção".

Valeu, 'parasitas'!

Aliás, os 'parasitas' do Judiciário brasileiro, aliados aos 'parasitas' da Polícia Federal, recuperaram aos cofres públicos mais R$ 668 milhões de dinheiro público - já depositados no Tesouro. Vieram das operações dos braços da Lava Jato do Rio de Janeiro, deflagradas pelo juiz Marcelo Bretas. Guedes já soube, e não agradeceu.

Alcolumbre na eleição

De olho nas eleições municipais, e no esforço de ajudar um irmão a se eleger prefeito, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, chamou para papo na sexta um dos principais interlocutores de José Sarney. O empresário Elpídio Amanajas, de tradicional família política de municípios do Norte amapaense, foi dar um abraço no amigo. E só ouviu.

Mais páreos

Um dos maiores colégios eleitorais do Rio, Niterói terá dois candidatos de direita contra o sucessor de Rodrigo Neves, Axel Grael (PDT) e o grupo de esquerda que pilota a cidade há 30 anos: Alexandre Ceotto (Republicanos) e Carlos Jordy (bolsonarista, deve se filiar ao Podemos) são os confirmados.

 

Crianças no ar
Toffoli deu prazo de seis meses a implantação do juiz de garantias
Toffoli deu prazo de seis meses a implantação do juiz de garantiasRosinei Coutinho / SCO / STF
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O presidente do STF, ministro Dias Toffoli, deu um presente a pais que precisam embarcar filhos desacompanhados em voos. Desde dezembro, o pai ou mãe não necessita mais seguir a via sacra de ir a Vara da Infância num Fórum, e passar pelo escrutínio de um(a) magistrado(a) para autorizar em canetada a viagem. Basta preencher formulário e reconhecer firma em cartório. O resto é com a companhia aérea.
 
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