Atividade de estudantes em laboratório da Uenf: a educação é o caminho para o presente e o futuro de CamposSecom/Prefeitura de Campos

Quinze para as sete da manhã em Campos. Quem sai para trabalhar cruza com dezenas de vans e ônibus executivos nas ruas e avenidas. Um a um, os veículos param em frente às universidades e ao Instituto Federal Fluminense (IFF), desembarcando alunos vindos de cidades próximas, como São Fidélis, São João da Barra, Quissamã e São Francisco de Itabapoana. Mochila nas costas, os estudantes caminham – ainda sonolentos – para as salas de aula. Terão uma manhã intensa e retornarão à estrada à tarde ou à noite.
O mesmo fenômeno acontece à tarde e no começo da noite. O acostamento da Avenida Alberto Lamego, em frente à Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf), transforma-se em um grande estacionamento de ônibus. É assim de segunda a sexta-feira, num movimento pendular que chama a atenção: Campos se firmou como polo de graduação e pós-graduação de uma região que abrange cerca de 50 municípios e recebe mais de 2 mil estudantes de fora.
O tema foi abordado com excelência em reportagem publicada no jornal O Dia no último domingo (12), que revelou outro dado interessante: segundo o IBGE, Campos é o município do estado do Rio de Janeiro com a menor taxa de deslocamento da população em busca de estudo fora. Apenas 1,77% dos estudantes saem da cidade para estudar.
O índice diz muito sobre o papel que Campos passou a exercer nas últimas décadas: uma cidade que atrai pessoas em busca de educação e oportunidades. Ao mesmo tempo, é o lugar onde os jovens não precisam sair de casa para realizar seus sonhos.
Consolidar-se como polo de ensino superior fez de Campos uma cidade com futuro promissor. Além de oferecer a tranquilidade que os grandes centros já não proporcionam, a cidade tem infraestrutura e, principalmente, condições de formar pessoas, transformando vidas que depois ajudam a transformar a sociedade. Muitos desses estudantes acabam ficando. Com o passar dos anos, conquistam emprego, formam família e constroem seus sonhos às margens do Rio Paraíba do Sul.
Para quem ainda resiste à ideia de que a educação é o melhor investimento, Campos é a prova concreta de que não há verdade mais clara. Depois de se consolidar como polo universitário, a cidade vem se tornando um importante centro gerador de ciência, tecnologia e inovação. O empreendedorismo chegou às salas de aula, abrindo horizontes para que jovens formandos transformem suas pesquisas em produtos e serviços. Muitos contam com bolsas oferecidas pela Prefeitura de Campos para tirar projetos do papel e transformá-los em soluções reais.
Cada vez mais surgem startups na área tecnológica, com soluções que ganham espaço em todo o Brasil. Grandes empresas se aproximam, cientes de que, além de um ambiente sem burocracia para se instalar, encontrarão mão de obra qualificada. A média salarial aumenta, o desemprego diminui e a realidade de muitas famílias muda para melhor.
Com todos os desafios das grandes cidades, Campos escolheu apostar na educação como solução de médio e longo prazo — e hoje colhe os frutos. O próximo passo já está traçado: unir ainda mais o meio acadêmico, o poder público, a iniciativa privada e as instituições de fomento a novos negócios, com a criação de um Hub de Desenvolvimento e Inovação. Sem falar em muitos outros projetos para motivar e qualificar os jovens dentro das novas tecnologias que o mundo exige.
Quando o futuro bate à porta, é preciso estar preparado para abri-la. E Campos está. A cidade, que um dia foi símbolo da força do petróleo, hoje desponta como capital do conhecimento, da ciência e das ideias que movem o amanhã. Em cada estudante que chega, há uma semente de transformação; em cada pesquisa, uma oportunidade de progresso. O futuro já começou — e, em Campos, ele tem endereço certo.