Vitória Regina foi dada como desaparecida no último dia 26 de fevereiro e o corpo dela foi encontrado em 5 de marçoReprodução/TV Globo/HBO Max
“Toda a solidariedade ao pai, à família da menina Vitória, que, depois de perder a filha de maneira tão brutal, ainda tem que ouvir essa ‘confissão’ cínica, montada de maneira a proteger o assassino das qualificadoras”, escreveu a autora. Em seguida, Glória Perez fez um pedido às autoridades responsáveis por investigar o caso. “Não, ele não matou sozinho. Que a polícia não dê o caso por encerrado, nem permita que joguem embaixo do tapete todas as crueldades cometidas contra a garota”, disse ela.
Glória já passou por uma situação semelhante no passado, quando perdeu sua filha Daniella Perez, assassinada a facadas em dezembro de 1992. O responsável pelo crime foi o ator Guilherme de Pádua, que contracenava com Daniella na novela “De Corpo e Alma” e contou com a participação de sua esposa, Paula Thomaz. A motivação foi inveja, ciúme e vingança, tendo em vista que o artista queria mais destaque na novela e ainda acreditava que a filha da autora estaria fazendo com que a mãe colocasse mais holofotes sobre a própria personagem. Já a mulher de Pádua via Perez como uma ameaça a seu casamento.
Vitória Regina foi dada como desaparecida no último dia 26 de fevereiro, e seu corpo só foi encontrado no dia 5 de março, em uma área de mata localizada em Cajamar, na região metropolitana de São Paulo. Já em estado avançado de decomposição, ela estava sem roupas e com a cabeça raspada, apresentando sinais claros de violência. O exame pericial apontou que a jovem morreu em decorrência de uma hemorragia traumática, resultado de três facadas. A perícia também confirmou que ela não foi vítima de abuso sexual.
O suspeito pelo crime confessou, em depoimento dado na madrugada da última terça-feira (18), ter matado a vítima. Segundo o investigado, ele e Vitória tiveram um envolvimento passageiro há cerca de um ano e meio, baseado apenas em demonstrações de afeto. Na época, ele já era casado e afirmou que Vitória, ciente disso, começou a ameaçá-lo, dizendo que contaria tudo para sua esposa.
Na tarde da última quarta-feira (19), Maicol foi transferido para o Centro de Detenção Provisória II, em Guarulhos, após permanecer sob custódia na Delegacia Sede de Cajamar, que conduz as investigações.
Ainda durante a confissão, ele declarou temer por sua segurança dentro e fora da prisão, alegando que estaria sendo ameaçado pela população. Também demonstrou preocupação com a integridade de seus familiares.
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