A confirmação do falecimento de Juliana foi feita pela família, no último dia 24 de junhoReprodução/Instagram

Digão, vocalista e guitarrista da banda Raimundos, gerou indignação nas redes sociais após ironizar e fazer um comentário considerado insensível sobre a morte da publicitária Juliana Marins, brasileira que faleceu ao cair durante uma trilha em um vulcão na Indonésia, em junho deste ano.
Nos stories de seu perfil no Instagram, o músico compartilhou uma imagem da mochila que pertencia à vítima. Entre os itens no acessório, o cantor percebeu que havia um broche com os dizeres “Ele não”, frase conhecida por ter sido amplamente usada por opositores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante as eleições gerais de 2018. “Quando o mundo dá a volta, não adianta chorar e fingir surpresa. #ELESIM mandou o foda-s* pra vocês!”, escreveu o cantor na legenda da publicação.

Depois que a imagem começou a circular pelas redes sociais, não demorou muito para que as críticas contra o artista tivessem início. "O Digão, assim como todo filho da put* bolsonarista, acha que o Bolsonaro faria alguma coisa por ela. O Bolsonaro, que passeava de moto e fazia piada imitando pessoas com falta de ar na época da pandemia, quando morriam duas mil pessoas por dia", lembrou um usuário. "De verdade, uma pessoa que associa o fim da vida de alguém ainda com apelação política já morreu por dentro, sem nem cair no vulcão. Esses, a gente tem que fingir que não existem", escreveu uma pessoa. "Sujeito medíocre, votando em gente medíocre, fazendo música medíocre. Tudo normal na terra plana", disse um internauta.

Juliana desapareceu no sábado (21), depois de se distanciar do grupo com quem fazia uma trilha e cair em um penhasco localizado no vulcão Rinjani, na Indonésia. Dois dias depois, um drone conseguiu captar imagens da brasileira, que permanecia imóvel a cerca de 500 metros do caminho principal.

Diante da situação, os familiares da vítima utilizaram as redes sociais para cobrar uma resposta mais ágil das autoridades locais em relação ao resgate. Ainda assim, o processo do resgate dela só foi concluído após aproximadamente quatro dias, sendo necessário içá-la até o topo da montanha, a 650 metros de altura. Na época, ainda havia dúvidas se ela estava viva ou não. No entanto, a confirmação da morte da publicitária foi feita pela família por meio das redes sociais na manhã da última terça-feira (24).