Oruam se entregou à Polícia Civil no dia 22 de julhoArquivo/ Érica Martin/Agência O Dia
A decisão do ministro Joel Ilan Paciornik atende a um pedido da defesa, comandada pelo advogado Gustavo Mascarenhas. Para o magistrado, os argumentos que levaram à prisão de Oruam eram frágeis. "A fundamentação utilizada pelo tribunal para determinar a prisão de Oruam revela-se insuficiente, em princípio, para a imposição da segregação antecipada", escreveu o ministro.
O magistrado também criticou o uso de argumentos genéricos e pouco concretos na decisão que decretou a prisão preventiva. "Utilizou-se o julgador de primeiro grau de argumentos vagos para se reportar ao risco de reiteração delitiva, por ter o recorrente publicado o ocorrido em redes sociais, bem como a provável possibilidade de fuga, que teria sido cogitada pelo próprio recorrente".
Oruam é filho de Marcinho VP, apontado como um dos chefes da facção, e sobrinho de Elias Pereira da Silva, conhecido como Elias Maluco, responsável pelo assassinato do jornalista Tim Lopes. Ele possui tatuagens em homenagem a ambos, embora sempre tenha negado qualquer ligação com atividades ilegais. Antes de se entregar, postou um vídeo no Instagram afirmando: “Não sou bandido”.
Na publicação, ele disse: “Aos que me apoiam, estou me entregando, pessoal. Não sou bandido.”

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